O banco Santander alcançou uma marca em 2020 que expressa bem as dificuldades impostas durante o ano, marcado pela pandemia da Covid-19. Com uma queda de 5% na comparação com o ano anterior, o lucro líquido da instituição financeira chegou a R$ 13,469. A saber, em 2019, o lucro líquido atingiu a marca de R$ 14,181 bilhões. E tudo isso aconteceu, principalmente, por conta da crise sanitária, que está prestes a completar um ano, mas ainda longe de chegar ao fim.
Vale ressaltar que, no último trimestre do ano passado, o lucro líquido chegou a R$ 3,859 bilhões, ficando 1,2% acima do registrado no trimestre anterior (R$ 3,811 bilhões).
Apesar dessa queda anual, o lucro líquido gerencial, que exclui fatores extraordinárias do banco, atingiu um patamar mais elevado que o de 2019, de R$ 15,609 bilhões, alta de 7,3%. Já o lucro gerencial no quarto trimestre de 2020 foi de R$ 3,958 bilhões, segundo o Santander.
Em suma, o Santander anunciou um prejuízo líquido de 8,771 bilhões de euros em todo o mundo. Isso equivale a US$ 10,5 bilhões. As despesas com provisões e depreciações de ativos puxaram o prejuízo, impactados fortemente pela pandemia da Covid-19. Aliás, no segundo trimestre de 2020, quando o mundo enfrentava a primeira onda da crise sanitária, o Santander sofreu o maior prejuízo líquido da sua história, 11,13 bilhões de euros.
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Ao mesmo tempo, as despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa somaram R$ 25,067 bilhões em dezembro de 2020. Isso representa uma disparada de 17,1% na comparação com 2019. A saber, essas despesas funcionam como uma espécie de colchão financeiro responsável por cobrir possíveis calotes. E a forte alta recebeu influência direta da parcela de provisão adicional de R$ 3,2 bilhões no 2º trimestre de 2020.
Por fim, a carteira de crédito do Santander disparou 16,9% em 2020 e somou R$ 411,65 bilhões. Já o índice de inadimplência acima de 90 dias recuou 0,8 ponto percentual, encerrando o ano em 2,1%, menor patamar já registrado. E a receita com prestação de serviços alcançou a marca de R$ 18,46 bilhões em 2020, o que representa uma queda de 1,2% em relação ao ano passado. Nesse caso, o principal fator que puxou o resultado pra baixo foi uma receita menor de cartões e serviços.
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