O governo Lula poderá dar um reajuste ao salário mínimo ainda maior que o anunciado pelo governo Bolsonaro. Isso porque o atual governo previu um piso nacional de R$ 1.302 em 2023, baseando-se nas estimativas para a inflação no país em 2022.
Contudo, as projeções para a taxa inflacionária vêm perdendo força. Isso quer dizer que a inflação deverá encerrar este ano em um patamar mais baixo que o esperado anteriormente. E, caso isso realmente aconteça, o brasileiro terá ganho real do salário mínimo.
Vale destacar que a equipe econômica do governo Bolsonaro não divulgou qualquer informação oficial sobre isso.
Perdeu a senha do Caixa Tem? Veja os passos para recuperá-la
Presidente Lula pode dar aumento ainda maior
A saber, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que daria aumento real do salário mínimo em todos os anos do seu governo. Aliás, a última vez que os trabalhadores do país tiveram ganho real do piso nacional foi em 2019, promovido no ano anterior pelo então presidente Michel Temer.
Esse foi um dos temas mais criticados em relação ao governo Bolsonaro, que não promoveu aumento real do salário mínimo em nenhuma ocasião. Em síntese, o governo Bolsonaro só promoveu aumentos vinculados à inflação, ou seja, que não promoveram ganhos reais aos trabalhadores do país.
Caso o governo Bolsonaro mantenha a projeção do salário mínimo de R$ 1.302 para 2023, essa será a primeira vez em seu governo que o piso nacional terá ganho real. Contudo, é provável que isso não aconteça.
Na verdade, os aumentos salariais acontecem, muitas vezes, para aumentar a popularidade do presidente. No entanto, como o presidente Jair Bolsonaro perdeu as eleições, a equipe econômica deverá manter o reajuste do salário mínimo à inflação.
No governo Lula, isso deverá ser diferente, visto que o aumento previsto é de 1,3% acima da inflação. Dessa forma, o salário mínimo deverá subir mais que o previsto inicialmente. Entretanto, a equipe do PT ainda não definiu um valor específico para o reajuste salarial no próximo ano.
Leia também: Teto de gastos foi rompido porque era ‘mal construído’, diz Guedes