O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já vem se movimentando nos bastidores para começar o processo de transição do governo. Após vencer o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), Lula começa a se preparar para assumir a presidência do Brasil.
Entre as muitas propostas do petista, está a promessa de dar aumento real do salário mínimo em todos os anos do seu mandato. A saber, caso Lula promova um aumento acima da inflação de 2022, será a primeira alta real desde 2019, promovida no ano anterior pelo então presidente Michel Temer.
Aliás, esse foi um dos temas mais criticados em relação ao governo Bolsonaro, que não promoveu aumento real do salário mínimo em nenhuma ocasião. Em síntese, o governo Bolsonaro só promoveu aumentos vinculados à inflação, ou seja, que não promoveram ganhos reais aos trabalhadores do país.
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Veja qual valor poderá ter o salário mínimo em 2023
Caso Lula cumpra a sua promessa de campanha, o salário mínimo será reajustado em 1,3% acima da inflação deste ano. A saber, as projeções indicam que a taxa inflacionária ficará em 5,6% em 2022, ou seja, o reajuste do salário mínimo seria de 6,9%. Nesse caso, o piso salarial nacional subiria de R$ 1.212 para R$ 1.296.
Vale destacar que os governos Lula e Dilma Rousseff adotaram essa regra em anos anteriores. Em suma, o reajuste do salário mínimo ocorre de acordo com a inflação do ano anterior, acrescida da variação registrada pelo Produto Interno Bruto (PIB) dois anos atrás.
No entanto, caso o PIB tivesse uma variação negativa, o reajuste seria dado apenas pela inflação. Dessa forma, não haveria redução do piso salarial nacional. Aliás, o governo Bolsonaro adotou o reajuste apenas pela inflação em todos os anos do governo, não promovendo aumento real do salário para os trabalhadores.
Seja como for, vale ressaltar que Lula precisará negociar esse valor com o Congresso Nacional. Em resumo, o aumento de cada R$ 1 do salário mínimo corresponde a R$ 380 milhões a mais de gastos públicos. Isso acontece porque o reajuste não atinge apenas o piso salarial nacional, mas também pensões, aposentadorias e benefícios.
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