Os mais de 60 milhões de eleitores que deram a vitória ao presidente Lula (PT) aguardam ansiosos pelo início do seu governo. Em sua campanha eleitoral, o petista prometeu dar aumento real do salário mínimo em todos os anos do seu mandato. E a sua equipe vem trabalhando para garantir isso.
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que faz parte da coordenação de campanha do presidente Lula, afirmou que o aumento será de 1,3% ou 1,4% em janeiro. Além disso, o senador afirmou que o Auxílio Brasil de R$ 600 continuará em 2023.
“Garantir o reajuste do salário mínimo, que já tem uma previsibilidade pela inflação, mas o compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos”, disse o senador.
“Como houve queda [do PIB], como houve momentos mais elevados, momentos baixos, provavelmente, vai ficar aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste primeiro ano. Mas precisa constar do Orçamento”, explicou.
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Caso Lula consiga cumprir sua promessa de campanha, o salário mínimo deverá ser reajustado em 1,3% acima da inflação deste ano.
A saber, as projeções indicam que a taxa inflacionária ficará em 5,6% em 2022, ou seja, o reajuste do salário mínimo seria de 6,9%. Nesse caso, o piso salarial nacional subiria de R$ 1.212 para R$ 1.296.
Vale destacar que os governos Lula e Dilma Rousseff adotaram essa regra em anos anteriores. Em suma, o reajuste do salário mínimo ocorre de acordo com a inflação do ano anterior, acrescida da variação registrada pelo Produto Interno Bruto (PIB) dois anos atrás.
No entanto, caso o PIB tivesse uma variação negativa, o reajuste seria dado apenas pela inflação. Dessa forma, não haveria redução do piso salarial nacional. Aliás, o governo Bolsonaro adotou o reajuste apenas pela inflação em todos os anos do governo, não promovendo aumento real do salário para os trabalhadores.
Seja como for, vale ressaltar que Lula precisará negociar esse valor com o Congresso Nacional. Em resumo, o aumento de cada R$ 1 do salário mínimo corresponde a R$ 380 milhões a mais de gastos públicos.
Isso acontece porque o reajuste não atinge apenas o piso salarial nacional, mas também pensões, aposentadorias e benefícios.
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