O salário mínimo pode chegar a R$ 1.212 em 2022 no Brasil. De acordo com as previsões do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), relator do Orçamento 2022, o salário alcançará esse valor no ano que vem. A saber, o deputado apresentou nesta segunda-feira (20) o relatório que prevê a elevação dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.211,98 em 2022.
Vale destacar que esse aumento deve ocorrer devido à disparada da inflação nos últimos meses. Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve encerrar o ano em 10,18%, segundo previsão de analistas. Essa taxa supera a última estimativa, que projetava o INPC em 8,4% no final de 2021.
Caso essa elevação seja confirmada, o aumento do salário mínimo será de R$ 111,98 em relação ao valor atual. No entanto, hoje há apenas projeções, visto que o índice exato da correção do salário só acontecerá no início de janeiro de 2022. Em suma, a definição acontece após a divulgação do INPC acumulado nos 12 meses de 2021.
Embora o aumento possa animar alguns, essa elevação não acompanha a inflação. Isso quer dizer que o valor para o próximo ano não representa aumento real para os brasileiros, pelo menos para quem recebe um salário mínimo mensalmente. Nesse caso, a pessoa não terá elevação em seu poder de compra em 2022. Vale destacar que o valor proposto ainda pode sofrer alteração.
Cálculo do salário mínimo se baseia no INPC
Em resumo, o cálculo para correção do salário mínimo leva em consideração o INPC. A taxa acumulada nos últimos 12 meses está em 10,96% e continua mais elevada para as famílias de renda mais baixa.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo possui importância vital para 50 milhões de pessoas no Brasil. Em síntese, o salário serve de referência para estas pessoas, das quais 24 milhões são beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Por falar nisso, a definição do salário mínimo afeta outros importantes benefícios, como aposentadorias e pensões. Além disso, há uma grande repercussão fiscal em torno da decisão, ainda mais num momento em que a saúde fiscal do país se encontra tão debilitada. O aumento dos gastos públicos só deixa a situação mais difícil.
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