O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, revelou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve encerrar o ano em 9,1%. Essa taxa supera a última estimativa feita pelo governo, que apontava que o INPC chegaria a 8,4% no final de 2021.
Com essa nova projeção, o salário mínimo pode subir para R$ 1.200,1 em 2022. Caso isso ocorra, haverá aumento de R$ 100 em relação ao valor atual (R$ 1.100). Aliás, o valor também está R$ 31,1 maior que a última proposta do governo, de R$ 1.169, divulgada no final de agosto.
A saber, o aumento do salário mínimo não acompanha a inflação, ou seja, o valor para o próximo ano não representa aumento real para os brasileiros. Isso quer dizer que quem recebe um salário mínimo mensalmente não terá o seu poder de compra alterado em 2022.
Vale ressaltar que o valor proposto ainda pode sofrer alteração. A revisão para cima pode ocorrer, pois o cálculo para alcançar o valor considerou um parâmetro defasado da inflação. A propósito, a taxa inflacionária do país está cada vez mais alta. E não há expectativas no curto prazo para redução da inflação.
Cálculo do salário mínimo se baseia no INPC
Em resumo, o cálculo para correção do salário mínimo leva em consideração o INPC. A taxa acumulada nos últimos 12 meses está em 10,78% e continua mais elevada para as famílias de renda mais baixa.
A equipe econômica do governo agora acredita que o INPC encerrará o ano a 9,1%. Por isso propôs um reajuste de 9,1% do salário mínimo. No entanto, alimentos, combustíveis e energia elétrica estão aumentando a expectativa dos mercados para uma inflação ainda maior que o esperado.
Em suma, a definição do salário mínimo também afeta outros importantes benefícios, como aposentadorias e pensões. Além disso, há uma grande repercussão fiscal em torno da decisão, ainda mais num momento em que a saúde fiscal do país se encontra tão debilitada. O aumento dos gastos públicos só deixa a situação ainda mais difícil.
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