No último domingo (30), mais de 60 milhões de pessoas elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidir o Brasil pela terceira vez. As expectativas em torno do novo governo seguem elevadas. E um dos pontos que mais chama atenção se refere ao salário mínimo.
Em sua campanha eleitoral, o petista afirmou que daria aumento real do salário mínimo em todos os anos do seu governo. A saber, a última vez que os trabalhadores do país tiveram ganho real do piso nacional foi em 2019, promovida no ano anterior pelo então presidente Michel Temer.
Aliás, esse foi um dos temas mais criticados em relação ao governo Bolsonaro, que não promoveu aumento real do salário mínimo em nenhuma ocasião. Em síntese, o governo Bolsonaro só promoveu aumentos vinculados à inflação, ou seja, que não promoveram ganhos reais aos trabalhadores do país.
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Veja como será o novo cálculo do salário mínimo
Em resumo, o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), que faz parte da coordenação de campanha do presidente Lula, afirmou nesta semana que o aumento do salário mínimo será de 1,3% ou 1,4% acima da inflação.
“Garantir o reajuste do salário mínimo, que já tem uma previsibilidade pela inflação, mas o compromisso, já do primeiro ano, é de implementar a regra da média do PIB dos últimos cinco anos”, disse Dias.
“Como houve queda [do PIB], como houve momentos mais elevados, momentos baixos, provavelmente, vai ficar aí em um patamar de 1,3%, 1,4% de ganho real neste primeiro ano. Mas precisa constar do Orçamento”, acrescentou o senador.
A saber, as projeções indicam que a taxa inflacionária ficará em 5,6% em 2022, ou seja, o reajuste do salário mínimo seria de 6,9%. Nesse caso, o piso salarial nacional subiria de R$ 1.212 para R$ 1.296.
Vale destacar que os governos Lula e Dilma Rousseff adotaram essa regra em anos anteriores. Em suma, o reajuste do salário mínimo ocorre de acordo com a inflação do ano anterior, acrescida da variação registrada pelo Produto Interno Bruto (PIB) dois anos atrás.
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