O salário mínimo de 2022 estava previsto pelo Ministério da Economia para fechar com alta de 10%. Isso conforme os avanços da inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC, índice este, responsável por medir os avanços da inflação do país.
Assim, o novo valor que está para ser liberado equivale a um reajuste de 10,18% em relação ao piso salarial atual que é de R$ 1.100. O motivo para essa nova mudança é se adequar ao INPC que ao longo do ano sofreu altas significativas.
Adicional ao salário mínimo de 2022
Vale lembrar também que em 2021, o governo reajustou o salário mínimo abaixo da inflação, tendo em vista que o INPC em 2022 fechou com alta de 5,45%, todavia o governo definiu o salário mínimo de 2021, com base em 5,22%.
Como consequência o salário mínimo nacional ficou cerca de R$ 2 a baixo do que deveria ser. Portanto, tal atitude impactou também o salário dos trabalhadores assim como dos segurados do INSS que recebem um salário mínimo, do seguro desemprego e demais benefícios sociais.
No acumulado geral, apenas esses R$ 2 que deixaram de ser pagos, permitiu com que o governo deixasse de pagar um montante total de R$ 702 milhões neste ano, de acordo com cálculos da equipe econômica do governo.
Todavia, no mês de agosto, o então secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, afirmou que os R$ 2 que ficaram de fora do salário mínimo de 2021 seriam incorporados ao cálculo do novo valor do piso nacional de 2022.
Qual valor do salário mínimo em 2022?
Agora aprovado, o salário mínimo irá saltar dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210,44 em 2022. No entanto, apesar do reajuste, o Ministério da Economia explica que o aumento não pode ser acima da inflação porque o governo não tem os recursos necessários e isso geraria uma crise fiscal, além do rompimento do teto de gastos. Portanto, o aumento não representa ganho real aos trabalhadores, pois é baseado apenas na projeção mais recente do governo para a inflação média acumulada em 2021.
Muitos setores tiveram impacto inflacionário muito maior na economia, sendo assim, o reajuste real não acompanha todos o setores, o que causa perda do poder de compra e consumo da população.