A saída da Ford no Brasil deverá ter uma perda de postos de trabalho bem maior do que as 5 mil demissões já anunciadas. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), com a empresa norte-americana indo embora do país, a expectativa é que mais de 118 mil postos de trabalho, somando diretos, indiretos e induzidos sejam fechados.
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De acordo com a Dieese, o desaparecimento destes postos de trabalho representa uma perda de massa salarial da ordem de R$ 2,5 bilhões ao ano. O anúncio do levantamento foi feito nesta quinta-feira (11), um mês depois que da Ford anunciou o encerramento as atividades no Brasil.
Segundo a empresa, as atividades produtivas em Camaçari (BA) já foram encerradas. Agora, as unidades de Taubaté (SP) e Horizonte (CE), de jipes Troller, devem parar de funcionar até o final do ano. Os veículos continuarão sendo vendidos aqui, mas serão importados da Argentina e do Uruguai.
Além da perda de massa salarial, a saída da Ford pode causar uma queda na arrecadação de tributos e contribuições de R$ 3 bilhões ao ano, afirmou o levantamento. “Cada R$ 1 gasto na indústria automobilística acrescenta R$ 1,40 no valor agregado da economia”, revelou a Dieese.
Justiça suspense demissões da Ford
Na semana passada o Brasil123 publicou uma matéria em que revelava que a Justiça do Trabalho suspendeu as demissões nas fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA) até que as negociações com os sindicatos sejam encerradas.
As liminares foram expedidas na sexta-feira (05) em resposta a ações movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A Ford recorreu das decisões e a situação deverá se arrastar pelas próximas semanas.
Menos veículos
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com a saída da Ford do Brasil, estima-se que a capacidade produtiva total do Brasil vai cair dos atuais 5 milhões de unidades por ano para algo em torno de 4,5 milhões a 4,7 milhões.
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