O vishing é um golpe praticado por criminosos em ligações para enganar e roubar dados das vítimas. Além disso, existem outros golpes como phishing, vishing e smishing. A seguir, entenda como eles funcionam e o que fazer para se proteger.
Golpe por ligações: vishing
Vishing é uma forma de ataque cibernético relacionada ao phishing, onde os criminosos tentam fazer com que as vítimas cliquem em links, sites e e-mails falsos. Além do vishing, há também o smishing, que envia mensagens fraudulentas via SMS.
De acordo com Jonathan Arend, consultor de segurança digital da Keeggo, uma maneira de aumentar a sua segurança é nunca compartilhar informações confidenciais por telefone e sempre verificar a origem da ligação que você está recebendo. Confira abaixo as seis dicas do especialista para reforçar sua segurança.
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As diferenças entre phishing, vishing e smishing
O phishing é uma tática amplamente usada na internet, em que os golpistas enviam links maliciosos por e-mail aos usuários. Assim, ao clicar nesses links falsos, os computadores e celulares são infectados, levando a vítima a perder o acesso às suas senhas, por exemplo.
Já o vishing é uma variação mais recente. Os golpistas telefonam para as vítimas e, utilizando técnicas de inteligência artificial e chamadas automáticas pré-gravadas, se fazem passar por atendentes de empresas reais.
“Os hackers se disfarçam de colaboradores para obter credenciais de acesso, invadir sistemas internos e roubar dados”, explicou o especialista, referindo-se a um ataque à rede global de hospitalidade MGM Resorts. Esse crime resultou em um prejuízo de cerca de R$ 76 milhões.
Portanto, para evitar cair nesses golpes, é crucial ter muito cuidado com quem você compartilha suas informações privadas nas redes sociais.
Como se proteger destes tipos de golpes?
Uma das sugestões para prevenção é a verificação de identidade. É importante sempre confirmar a identidade da pessoa que está ligando, usando senhas ou fazendo perguntas de segurança.
O especialista também destaca a eficácia da autenticação de dois fatores para evitar golpes. “Isso torna mais difícil para os golpistas obterem acesso indevido”, explicou.
Ademais, segundo Jonathan, manter os aplicativos sempre atualizados é crucial. Dessa forma, você estará sempre protegido com as últimas medidas de segurança desenvolvidas pelas empresas.
Confira outras dicas de segurança:
- Faça análises de segurança de forma periódica.
- Implemente a autenticação em dois passos.
- Desenvolva um plano de ação para lidar com eventuais ataques.
- Utilize programas que priorizem a criptografia de dados.
- Monitore e registre suas chamadas telefônicas.
- Evite compartilhar informações confidenciais através do telefone.
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É possível recuperar dinheiro roubado?
Com o avanço da tecnologia, os golpes ficaram mais complexos, especialmente os online, como os relacionados ao WhatsApp e Pix.
No entanto, se for provado que o golpista enganou a vítima para obter ganhos ilícitos e causar prejuízo, é possível puni-lo e até recuperar o valor.
Ainda assim, recuperar o dinheiro em um golpe digital não é fácil, e é ainda mais difícil superar o impacto psicológico dessa situação. No entanto, é possível tentar reaver o dinheiro, especialmente se o prejuízo foi por meio de depósito, boleto bancário, TED ou DOC, e a vítima agir rapidamente. Nessas situações, é possível entrar em contato com as instituições financeiras antes que o dinheiro seja recebido ou utilizado pelos golpistas, pois essas transações podem levar horas ou até dias para serem concluídas.
Quanto aos golpes que usam o Pix, agir rapidamente também pode ajudar na recuperação, embora seja mais difícil devido à quase instantaneidade das transações. Os golpistas conseguem transferir o dinheiro para outra conta muito rapidamente. É importante ter em mente que, tanto no caso do Pix quanto em outros tipos de transferências bancárias, as quadrilhas costumam usar contas de terceiros para receber os pagamentos.
Ademais, há o Mecanismo Especial de Devolução (MED), que pode ser acionado tanto pelas instituições quanto pela vítima ao perceber a fraude. As instituições financeiras têm sete dias para analisar e, se a fraude for comprovada, o valor deve ser devolvido, desde que a conta de destino tenha recursos.
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