A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a safra nacional de grãos subiu 4,4% em setembro. A projeção anterior já mostrava um recorde na produção, mas, nesse mês, avançou para 252 milhões de toneladas. Em suma, a safra alcançou a marca de 241,5 milhões de toneladas em 2019. Ou seja, um aumento de 10,5 milhões de toneladas em relação ao ano anterior. O IBGE divulgou as projeções do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola nesta quinta-feira, dia 8.
De acordo com o instituto, a área a ser colhida foi de 65,2 milhões de hectares. Nesse caso, há um crescimento de 3,1%, o que corresponde a 2 milhões de hectares a mais em 2020, em comparação ao ano passado. Da mesma maneira, a área a ser colhida também cresceu, mas de maneira mais tímida, com uma subida de 0,1% (43,9 mil hectares).
A estimativa da safra traz três itens que, somados, correspondem a 92,5% do total: arroz, milho e soja. Os produtos também equivalem a 87,2% da área colhida.
Soja, café e algodão herbáceo devem ter recorde na safra
As estimativas apontam as maiores produções, desde o início da série histórica, para a soja, o café e o algodão herbáceo (em caroço). Já o milho, deve alcançar a segunda maior safra já registrada, atrás, apenas, da produção de 2019.
Em resumo, a produção de soja deve alcançar a marca de 121,4 milhões de toneladas nesse ano, uma alta de 7,0% em relação a 2019. A produção não deve aumentar devido à estiagem na Região Sul do Brasil, que provocou a queda de 39,4% na produção gaúcha. Dessa forma, o rendimento médio do grão também sofreu impacto, atingindo 1.822 kg/ha, 40,8% abaixo da média de 2019 (3.178 kg/ha).
Já em relação ao café, a alta foi puxada, principalmente, pela variedade arábica, que trouxe perspectivas positivas para o mercado. A safra brasileira deve atingir 3,6 milhões de toneladas. Em outras palavras, 60,6 milhões de sacas de 60 quilos. Isso representa alta de 1,7% em relação ao mês anterior.
Por fim, a produção de algodão herbáceo deve bater a marca de 7,1 milhões de toneladas, um aumento de 2,4% quando comparada a agosto. O Mato Grosso, principal produtor do país, puxou o resultado para cima. O Estado responde por 68,8% do total produzido no Brasil e deve crescer 4,6% em relação a 2019, alcançando 4,9 milhões de toneladas. Já a Bahia, segundo produtor de algodão do país, responde por 21% da produção total. Da mesma forma, ela também registrou aumento, de 3,1% em comparação ao mês anterior, e deve produzir 1,5 milhão de toneladas nesse ano.
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