A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta semana a sua primeira projeção para a safra brasileira de café em 2022. De acordo com a entidade, o país deve alcançar a marca de 55,7 milhões de sacas de 60 kg neste ano.
Em resumo, esse valor representa um crescimento de 16,8% na comparação com a safra do ano passado. Isso ocorre devido à bienalidade positiva do ciclo atual. Em outras palavras, há uma safra positiva e uma negativa em seguida devido à necessidade de recomposição do vegetal.
Seja como for, o acréscimo em relação a 2020 ocorrerá devido a essa bienalidade. Contudo, o valor não deverá superar o recorde registrado em 2020, quando o café também teve um ciclo de alta.
“A queda na produção neste ano, quando comparada com 2020, é reflexo das condições climáticas adversas registradas principalmente entre os meses de julho e agosto em 2021”, disse a Conab em relatório.
“A estiagem e as geadas ocorridas com maior intensidade nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, impactaram nas condições fisiológicas dos cafezais”, acrescentou a entidade.
Conab detalha desempenho das variedades de café
Segundo o relatório da Conab, o café arábica deverá ter o seu potencial limitado neste ano em relação a sua produtividade. No entanto, o grão ainda deverá registrar acréscimo de 23,4% na comparação com a safra de 2020, para 38,78 milhões de sacas.
Por outro lado, o grão do tipo conilon deverá registrar um novo recorde em 2022. A saber, a colheita estimada está em quase 17 milhões de sacas para este ano.
“O aumento de 4,1% em relação à safra anterior combina a elevação da área plantada estimada em 3%, passando de 375,2 mil hectares para 389,1 mil hectares, e uma ligeira melhora na produtividade de 0,4%, saindo de 43,4 sacas colhidas por hectare cultivado para 43,6 sc/ha”, explicou o Conab.
“A estiagem e as baixas temperaturas exigiram um manejo de poda mais intenso, conduzindo uma área significativa de café para produção somente na safra 2023 ou 2024”, ressaltou o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen, em nota.
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