O presidente da Rússia, Vladimir Putin, subiu tom nesta quinta-feira (24) após ter ordenado a invasão no leste da Ucrânia. De acordo com ele, “todas as decisões já foram tomadas e os russos precisam se preparar para mudanças nos próximos dias”.
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No pronunciamento, o presidente, sem mencionar nenhuma nação, deixou claro que não aceitará que nenhum outro país interfira na ação russa. De acordo com Putin, a promoção de qualquer interferência “levará a consequências nunca antes experimentadas na história”.
“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentadas na história”, disparou o chefe do Executivo russo.
Em outro momento, o presidente se eximiu de qualquer culpa pela crise e creditou a culpa e as consequências para a crise, já chamada de guerra por ele e pelas agências internacionais, à Ucrânia.
“Toda responsabilidade será do regime da Ucrânia. Todas as decisões já foram tomadas. A verdade está do nosso lado. Os objetivos serão atingidos”, disse Putin, completando que “será necessário” que os russos se adaptem “às mudanças que podem acontecer”.
A fala sobre as mudanças que os cidadãos russos podem ter que lidar demonstra que a Rússia tomou sua decisão de invadir a Ucrânia já ciente de que sanções mais severas por parte dos Estados Unidos e da Europa Ocidental podem surgir no decorrer do dia.
“Guerra trará perdas de vidas e sofrimento”, diz Joe Biden
Logo depois do discurso enfático de Putin, foi a vez de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, se pronunciar. Em um comunicado diretamente da Casa Branca, o democrata afirmou que o chefe do Executivo russo “escolheu uma guerra que trará perdas de vidas e sofrimento”.
“A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia”, disse o presidente americano.
Sanções aos russos devem ser anunciadas ainda nesta quinta-feira após uma reunião com o G7, grupo que reúne, além dos Estados Unidos, o Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão.
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