Forças militares russas foram as responsáveis por protagonizar um momento trágico nesta quarta-feira (09): um ataque a uma maternidade que fica em Mariupol, na Ucrânia. De acordo com as informações, o ataque aconteceu no momento em que deveria acontecer um cessar-fogo para a retirada de civis da região, cercada por tropas russas há dias, e culminou em pelo menos 17 mortes.
Nas redes sociais, o governo da Ucrânia postou que “as forças de ocupação russas jogaram várias bombas no hospital infantil. A destruição é colossal”. Ainda segundo a administração do país, desde que a guerra começou, no dia 24 de fevereiro, quase 1200 moradores da cidade já perderam suas vidas devido aos seguidos ataques.
Presidente da Ucrânia diz que Rússia passou dos limites
Logo após o triste fato, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez uma postagem em seu Telegram dizendo que as tropas da Rússia “passaram dos limites” ao atacar o local. Segundo ele, o fato pode ser caracterizado como um genocídio.
“Europeus, vocês não podem dizer que não viram o que aconteceu com os ucranianos. Vocês viram, vocês sabem, então vocês devem fortalecer as sanções contra a Rússia para que ela não tenha mais a oportunidade de continuar esse genocídio”, disse o presidente da Ucrânia.
Unicef condenou o fato
Também logo após o fato, Catherine Russell, chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), afirmou que estava “horrorizada” por conta do ataque registrado em Mariupol.
“Estou horrorizada com o ataque a uma maternidade em Mariupol, na Ucrânia. Um ataque que teria deixado crianças pequenas e mulheres em trabalho de parto soterradas sob os escombros de prédios destruídos”, disse ela.
Ainda no texto, ela afirmou que, desde que os confrontos na Ucrânia começaram, ao menos 37 crianças morreram e 50 ficaram feridas. Por fim, ela revela que, até o momento, o conflito fez com que mais um milhão de crianças tivessem que deixar a Ucrânia e fugir para outros países.
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