O governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira (15) a retirada de parte das tropas que se exercitavam perto das fronteiras da Ucrânia. A informação, divulgada pelo Ministério da Defesa local, todavia, não especifica quantos soldados irão, de fato, sair da região.
De acordo com agências de notícias russas, a pasta se resumiu a explicar que os soldados que voltarão para suas bases permanentes estavam em distritos militares Ocidental e Sul, em áreas que pertencem ao país vizinho.
Contando a partir do mês de novembro, pelo menos 130 mil soldados da Rússia foram designados para ficar em torno da Ucrânia. Neste meio tempo, o presidente da Rússia emitiu um comunicado tentando estabelecer um modelo de segurança no Leste Europeu.
Essa tentativa acontece após 30 anos de expansão da aliança militar ocidental, a Otan, e da União Europeia sobre países vizinhos da Rússia que, no passado, faziam parte da máquina comunista com sede em Moscou. A tentativa, no entanto, não foi aceita pelo Ocidente.
Desde a semana passada, apesar do governo russo negar, os Estados Unidos vêm afirmando que a Rússia pode invadir seu vizinho até quarta-feira (16), ou seja, o anúncio do governo de Vladimir Putin acontece um dia antes da data estipulada pelo serviço de inteligência americano.
Dia especial na Ucrânia
Na quarta-feira, dia do suposto ataque, será celebrado na Ucrânia o “dia da unidade nacional”. A celebração foi anunciada na segunda-feira (14) pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky.
Na data, os cidadãos ucranianos deverão cantar o hino do país e pendurar bandeiras e faixas nas cores azul e amarela em suas janelas. “Eles nos dizem que o dia 16 de fevereiro será o dia do ataque. Faremos dele um dia de unidade”, afirmou o presidente, dizendo ainda que estão tentando assustar o país “mais uma vez com uma data para o início da ação militar”.
Leia também: Visita de Bolsonaro a Putin é vista como esperança para as relações internacionais