Foi relatado um ataque de drones em Moscou, capital da Rússia, na noite de terça-feira (30). De acordo com informações reveladas pelo prefeito da cidade, Sergei Sobyanin, a ação culminou em “danos menores a vários edifícios”. “Todos os serviços de emergência da cidade estiveram no local”, disse o prefeito da capital russa em um comunicado feito no Telegram.
Além dele, quem também se pronunciou foi o Ministério da Defesa da Rússia, que acusou a Ucrânia de ser a responsável pelo “ataque terrorista”. “Os oito veículos aéreos não tripulados [UAVs] do tipo aeronave lançados na capital russa foram destruídos”, disse a pasta, detalhando ainda que, destes, três foram suprimidos por guerra eletrônica, perderam o controle e se desviaram de seus alvos pretendidos.
“Outros cinco UAVs foram abatidos pelo sistema de mísseis terra-ar Pantsir-S na região de Moscou”, detalhou. Conforme publicou a mídia estatal russa, os ataques culminaram em duas pessoas feridas e edifícios foram danificados na capital russa.
Após as acusações, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, no canal Breakfast Show no YouTube, comentou o caso e negou que a Ucrânia tenha envolvimento direto no ataque. “É claro que gostamos de assistir e prever um aumento nos ataques. Mas é claro que não temos nada a ver diretamente com isso”, disse ele, completando que “o que está crescendo na Rússia é o carma que ela pagará gradualmente de forma agravada por tudo o que fizer na Ucrânia”.
Assim como a Rússia, a Ucrânia também foi vítima de ataques feitos por drones na terça. Em Kiev, ao menos uma pessoa perdeu sua vida por conta de ações do tipo. Conforme as informações, as defesas aéreas ucranianas derrubaram 20 drones na terça em meio ao 17º ataque aéreo lançado pelas forças russas na capital apenas neste mês.
De acordo com Serhii Popko, chefe da administração militar da cidade de Kiev, “o inimigo mudou de tática”. “Depois de ataques noturnos prolongados, atingiu uma cidade pacífica durante o dia, quando a maioria dos moradores trabalhava e saía de casa”, afirmou ele.
O momento é de contraofensiva
A Ucrânia foi invadida em fevereiro do ano passado pelas tropas russas. No começo da semana, o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky disse que o momento da tão esperada contraofensiva da Ucrânia foi definido. “As decisões foram tomadas”, disse ele, sem fornecer mais detalhes. Também nesta semana, chefe da Inteligência de Defesa da Ucrânia prometeu uma retaliação por conta dos ataques russos. “Nossa resposta não será adiada. Todos verão tudo em breve”, afirmou ele.
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