As contas externas do Brasil tiveram um saldo negativo de US$ 6,522 bilhões em novembro deste ano. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Banco Central (BC), o déficit é o segundo maior maior do ano, ficando atrás apenas do rombo registrado em janeiro (-US$ 8,337 bilhões).
Em resumo, as contas externas refletem o resultado das transações correntes. Nesse caso, entram na equação a balança comercial, os serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e as rendas (remessas de juros, bem como lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
A saber, superávit é registrado quando o saldo destas transações fica positivo, com mais entrada de recursos do que saída. Contudo, quando acontece o contrário, registra-se déficit das contas externas. E, em novembro, o resultado negativo ficou bastante expressivo.
O BC já havia revelado no início deste mês que a balança comercial brasileira fechou novembro com um déficit de US$ 1,3 bilhão. Assim, o indicador puxou para baixo as contas externas no mês, coisa que não aconteceu na maioria dos meses de 2021. Em suma, a balança comercial tem superávit quando as exportações superam as importações, mas déficit quando as importações são superiores.
Rombo nas contas supera o registrado em 2020
O rombo acumulado entre janeiro e novembro pelas contas externas no país chegou a US$ 22,384 bilhões. No mesmo período de 2020, o déficit estava menos expressivo que o deste ano (-US$ 16,034 bilhões).
A propósito, o déficit das contas externas teve forte queda de 75% em 2020, totalizando US$ 12,517 bilhões. Em síntese, isso ocorreu devido à pandemia da Covid-19, visto que os gastos de brasileiros no exterior caíram expressivamente por causa das restrições de circulação de pessoas. Aliás, nem mesmo o aumento dos gastos em novembro deste ano impediram o rombo nas contas no mês.
Por fim, o BC projeta uma piora nas contas externas do país neste ano. A saber, a expectativa é que haja um rombo de US$ 30 bilhões nas contas do Brasil em 2021.
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