A disputa pela presidência do Senado está cada vez mais concorrida. Isso porque a liderança de Rodrigo Pacheco na votação para o cargo vem ficando cada vez mais ameaçada. O adversário é um apoiador do antigo governo de Jair Bolsonaro, Rogério Marinho. Algumas siglas já declararam apoio a seus candidatos, mas alguns votos serão definitivos.
Vale lembrar que a presidência do Senado é um dos cargos mais importantes para a política brasileira. Isso porque é essa pessoa que define quais projetos serão votados e qual será a relação do Legislativo com o Executivo.
Rodrigo Pacheco ainda lidera a disputa
O senador Rodrigo Pachedo, do PSD, ainda é o favorito para vencer as eleições para a presidência do Senado Federal. Apesar disso, Rogério Marinho, do PL, vem se mostrando um candidato duro de ser batido. Vale lembrar que Pacheco é, atualmente, o presidente do Senado e busca a reeleição no cargo para os próximos 2 anos.
Rodrigo Pacheco está à frente do Senado desde 1 de fevereiro de 2021. Durante o mandato, negociou com o antigo governo pautas importantes. Na prática, o presidente do Senado define quais projetos serão discutidos na Casa, o que dá poder para conversar com o chefe do Executivo, o presidente da República. Por isso, para Lula seria importante que aconteça a reeleição do político do PSD, já que ele tem uma relação mais amigável com o atual governo.
Por outro lado, Rogério Marinho vem ganhando apoio de bancadas importantes. Além de sua bancada no Senado, a do PL, com 13 nomes, o senador também tem o apoio do PP, com 6 senadores, e do Republicanos, com 4 senadores. Contudo, especialistas dizem que a votação é secreta, o que abre margem para traições de ambos os lados. Vale ressaltar que Rodrigo Pacheco tem o apoio do PT, MDB, União Brasil, PSB e PDT. Seu próprio partido diz que ainda não definiu o apoio que dará. Ao todo, ele tem 51 votos.
Como funciona a votação?
A votação para a presidêcia do Senado e da Câmara dos Deputados acontece no mesmo dia em que os políticos são nomeados. Por isso, a votação acontecerá no dia 1° de fevereiro. Contudo, a votação tem um andamento diferente, principalmente por conta do número de senadores. Ao todo, são 81 pessoas ocupando esses cargos.
Por isso, ganha quem tiver 41 votos. Caso ninguém atinja essa votação, acontece um segundo turno entre os dois políticos mais votados. Apesar disso, os atuais números mostram que Rodrigo Pacheco deve ganhar ainda no primeiro turno.
Nas últimas semanas, os dois políticos estão se movimentando para tentar angariar votos. Rodrigo Pacheco articulou para que senadores de outros partidos trocassem de sigla e aumentassem a bancada do PSD. Um movimento importante foi a troca de partido de Mara Gabrilli, que saiu do PSDB e foi para o PSD. Por outro lado, Rogério Marinho acenou para o centrão, dizendo que, se eleito, abriria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as manifestações de 8 de janeiro. Ele também criticou o atual governo por ser contra a investigação.