Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, pediu nesta sexta-feira (13) que o procurador-Geral da República, Augusto Aras, denuncie 38 pessoas acusadas de terem participado dos atos de invasão e depredação contra o Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) no último domingo (08).
De acordo com a jornalista Natuza Nery, Rodrigo Pacheco, que também pediu o bloqueio de bens para garantir o pagamento futuro do que depredaram, avalia que é preciso denunciar os golpistas imediatamente para evitar soltura da prisão. Nesse sentido, ele teria solicitado as medidas a Augusto Aras durante um encontro realizado nesta sexta.
“Rodrigo Pacheco pediu a abertura imediata de ação penal contra os acusados de envolvimento nos ataques terroristas em Brasília”, explicou Natuza Nery, que ainda relatou que o pedido de Rodrigo Pacheco tem forte papel simbólico, visto que ele é presidente da Casa que tem poder para destituir um procurador-Geral da República.
“Isso, contudo, não está no cenário, mas serve como forte elemento de pressão para que Aras denuncie imediatamente os 38 envolvidos. A lista preliminar foi feita pela Polícia Legislativa”, relatou a jornalista do canal “Globo News”.
Augusto Aras criticado
Durante seu período à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras tem sido bastante criticado por não ter atuado com o objetivo de coibir os atos antidemocráticos realizados no período do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos últimos dias, essas críticas estão cada vez maiores.
Hoje, a atuação de Augusto Aras é criticada por integrantes do Supremo, da política e do próprio Ministério Público Federal (MPF). De acordo com Natuza Nery, a “omissão” de Augusto Aras tem sido comprovada pelo fato de que é a Advocacia-Geral da União (AGU), um ministério do governo e não do MPF, o órgão responsável por boa parte das providências importantes para investigar e punir os acusados de terem participado dos atos terroristas do último domingo.