Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado e do Congresso Nacional, afirmou nesta sexta-feira (21), durante entrevista ao canal “CNN Brasil”, que a iminente abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos de 08 de janeiro, não irá atrasar as votações do marco fiscal e da reforma tributária. Conforme o parlamentar, “nada pode afetar o andamento do arcabouço fiscal”.
“A CPMI é um direito da minoria. Há um requerimento feito e já assinado por deputado e senadores. Nós temos uma sessão do Congresso Nacional no próximo dia 26 e a formalidade que se exige é a leitura do requerimento pela presidência do Congresso”, disse Rodrigo Pacheco ao comentar sobre o requerimento que foi feito e assinado por deputado e senadores.
“Nós temos uma sessão do Congresso Nacional no próximo dia 26 e a formalidade que se exige é a leitura do requerimento pela presidência do Congresso”, disse o senador. Nesta sexta, o Brasil123 publicou que a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentará ter a maioria dentro do colegiado e indicar o relator da comissão. Isso, para evitar que a agenda do governo fique paralisada e presa à dos trabalhos da comissão.
A avaliação feita por Lula é que o governo não pode parar por causa da CPMI. Nesse sentido, o comunicador relata que o temor da equipe presidencial é que as turbulências da comissão venham a contaminar o ambiente político em Brasília. Por conta disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, vai ser o encarregado de manter o foco na agenda do governo.
Nesta sexta, ainda na entrevista, Rodrigo Pacheco também comentou a demissão do agora ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, Pacheco sinalizou que “é uma circunstância a mais a ser apurada” – o general, segundo vídeos publicados nesta semana, estava presente no Palácio do Planalto no dia dos atos de vandalismo do 08 de janeiro.
“Em relação a esse episódio envolvendo o GSI, o Gonçalves Dias, eu considero que é um fato que precisa ser esclarecido, apurado”, começou Rodrigo Pacheco, completando ainda que ele tem “defendido que todo aquele que direta ou indiretamente tenha contribuído para a prática de atos lesivos à democracia devam responder por esses atos”. “Isso se aplica a um cidadão comum que ousou ter a petulância de invadir prédios públicos e atentar contra a democracia, mas também autoridades públicas que de algum modo tenham sido lenientes ou tolerantes em relação a isso”, disse ele.
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