Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, defendeu nesta quarta-feira (02) a ciência e as vacinas. Além disso, o chefe da Casa ainda classificou como “um desafio” a defesa da democracia no ano eleitoral de 2022.
Essas declarações foram feitas durante o discurso que serviu para abrir o ano legislativo no Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco, que deve ser candidato à presidência, deu suas declarações ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputará à reeleição pelo PL.
Em dado momento, quando estava falando sobre a pandemia da Covid-19, Rodrigo Pacheco afirmou que as redes sociais e a velocidade dos meios de comunicação “serviram a propósitos invertidos e atentaram contra a saúde pública através da difusão impressionante de desinformação”.
Apesar do papel das redes sociais em difundir, segundo o senador, notícias falsas, ele relembrou que os brasileiros, em sua grande maioria, passaram a usar máscaras e ainda cumpriu as recomendações e se isolaram de familiares, amigos e colegas de trabalho.
“Todos ansiosos por vacinas que salvariam – e salvaram – vidas”, afirmou Rodrigo Pacheco, destacando que “o poder público tem a obrigação de proteger sua população com ciência, informação, equipamentos públicos e vacina”.
As falas de Rodrigo Pacheco contrastaram com as posturas de Bolsonaro durante a pandemia. Isso porque o chefe do Executivo adotou posicionamentos que são contrários aos defendidos por especialistas e autoridades em saúde.
Não suficiente, quando o assunto são as notícias falsas e a propagação delas pelas redes sociais, Bolsonaro também não ficou de fora. Isso porque o chefe do Executivo, por diversas vezes, defendeu medicamentos e teses ineficazes contra a Covid-19 em suas páginas.
As eleições deste ano
Durante seu discurso, o presidente do senado também falou sobre as eleições de 2022. De acordo com ele, o maior desafio neste ano será a defesa da democracia. Nesse sentido, ele afirmou defender uma eleição onde haja o “debate de ideias” entre os candidatos, “concretude de propostas” e “respeito às divergências”.
Não suficiente, ele ainda revelou que espera a fiscalização e punição de quem atentar contra o processo eleitoral. “Do eleitor, roguemos senso crítico e responsabilidade para distinguir fatos verdadeiros das inaceitáveis fake news”, declarou ele, finalizando que, “aos perdedores, que respeitem o resultado das urnas”.
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