Neste sábado (30) o PSDB oficializou a candidatura de Rodrigo Garcia ao cargo de governador do Estado de São Paulo nas eleições deste ano. A formalização da candidatura aconteceu nesta manhã, durante convenção do próprio PSDB no Ginásio do Ibirapuera.
No entanto, tanto o cargo de vice-governador e a indicação de senador da chapa ainda continuam vagos. Contudo, a intenção de Garcia é compor a chapa como uma mulher, buscando conquistar uma fatia do eleitorado feminino. Doria, ex-governador de São Paulo, também filiado ao PSDB, não participou do evento devido a uma viagem aos Estados Unidos.
Com isso, Rodrigo Garcia irá buscar a reeleição, dado que assumiu o cargo de governador de São Paulo após João Doria renunciar ao posto para concorrer à Presidência da República nas eleições deste ano. A campanha de Rodrigo Garcia utiliza como mote a alcunha de “paulista raiz”.
“São Paulo é a terra da oportunidade e não do oportunismo, é um estado berço da independência. Nem nossos adversários conseguem criticar o Bom Prato, a Rede Lucy Montoro. Estamos aqui, hoje, para o futuro com Rodrigo Garcia”, afirmou Marco Vinholi, presidente estadual do PSDB.
Rodrigo Garcia terá forte concorrência
A campanha de Rodrigo Garcia tem desassociado sua imagem figuras nacionais e de fortes rejeições, se colocando em local distante da polarização do petismo e bolsonarismo, além de estar evitando sua associação a João Doria (PSDB), dado que sua candidatura à presidência fracassou.
Os principais concorrentes de Rodrigo Garcia ao posto de governador de São Paulo será o ex-prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que vem liderando as pesquisas até então, e o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Devido à coligação de dez partidos (PSDB/Cidadania, além de União Brasil, MDB, PP, Podemos, Solidariedade, Patri, Pros e Avante), Rodrigo Garcia terá 4 minutos e 18 segundos no horário eleitoral obrigatório de TV e Rádio. Já Fernando Haddad terá 2 minutos e 15 segundos, enquanto Tarcísio de Freitas terá 2 minutos e 22 segundos.
Definição de vice ameaça acordo entre PSDB e MDB
Embora Rodrigo Garcia tenha sua preferência pelo cargo de vice, a definição está em aberto, o que coloca em xeque a aliança entre MDB e PSDB em São Paulo. Os dois partidos se colocaram como oposição até 2018, tendo se reaproximado nas eleições municipais de 2020 e, enfim, traçaram um projeto para 2024 e 2026.
Nesse sentido, a estratégia adotada por Rodrigo Garcia e também pelo prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), um “tucano raiz” migraria para o MDB, indicado a vice do governador. O primeiro a ser convidado foi o ex-senador e ex-governador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), no entanto, ele recusou.
Dessa forma, Nunes indicou o seu secretário de Saúde, Edson Aparecido, ex-chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin. O acordo estava selado, até que o União Brasil reivindicar a vaga, além de pesquisas apontarem que o melhor seria Garcia ter uma vice mulher.
Com isso, Rodrigo Garcia, Ricardo Nunes, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), fizeram uma reunião para chegar a um acordo, mas não houve definição