A juíza Abby Ilharco, da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro, determinou que Roberto Jefferson siga preso preventivamente. Ele cumpre medidas cautelares por conta de um grave ataque que fez a policiais federais. Na época em que foram à casa do ex-deputado, o político recebeu os policiais com tiros e granadas.
Por conta disso, Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado. Ele é acusado de incentivar ataques contra ministros do STF e também contra o TSE. Em agosto de 2021, Alexandre de Moraes determinou a prisão do petebista. Desde janeiro de 2022 ele estava em prisão domiciliar.
Roberto Jefferson seguirá preso
A juíza da 1ª Vara Federal de Três Rios, no Rio de Janeiro afirmou que Roberto Jefferson seguirá preso preventivamente. Essa medida é usada quando o réu, caso fique solto, representa uma ameaça à continuidade das investigações do caso. Segundo a juíza, não existem elementos que comprovem a necessidade da reversão da decisão.
“Não há novos elementos de convicção ou alteração fática capaz de modificar a conclusão pela concreta necessidade de manutenção da prisão preventiva do réu com vistas à manutenção da garantia da ordem pública”, afirmou a juíza. A decisão saiu na última quinta-feira, 26. Porém, Alexandre de Moraes já havia determinado a continuidade da prisão na terça-feira, 24.
Além disso, a juíza do caso afirma que Roberto Jefferson tem um elevado potencial ofensivo. Isso porque as buscas da PF encontraram armamento pesado na casa do ex-deputado, além de granadas e armas de uso restrito. Na nota, a juiza ainda relembrou o episódio dos tiros contra os policias. Segundo a juíza, Jefferson disparou de 50 a 60 contra os agentes.
Além do episódio, Roberto Jefferson também tem um histórico de críticas pesadas contra cortes de justiça do Brasil.
Atacou o STF e o TSE
Além do episódio de tiros contra agentes da PF, Roberto Jefferson também tem outras acusações contra ele. Isso porque, em um vídeo, ele xingou a ministra Carmem Lúcia, do STF, além de fazer duras críticas ao TSE. O fato aconteceu em outubro, em meio à disputa eleitoral.
Isso porque a ministra Carmem Lúcia deu voto contrário à exibição de um documentário produzido pela Brasil Paralelo. Com a medida, a rede de televisão Jovem Pan não pode reproduzir o documentário em sua programação. Por conta desta decisão, Roberto Jefferson chamou a ministra de “Bruxa de Blair” e de “Carmem Lúcifer”.
Além disso, o julgamento aconteceu no âmbito do TSE, por se tratar de uma questão eleitoral. Dessa forma, a Corte considerou os ataques severos um crime de ódio, decretando a prisão do político. Desde então, ele saiu da prisão domiciliar e foi e está em um presídio.