O ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, afirmou que mandou alguém jogar seu celular em um rio próximo do local onde ele foi preso pela Polícia Federal (PF), no último dia 13 de agosto.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (31) pelo jornal “Folha de S.Paulo” e faz parte de um documento que traz um diálogo entre o ex-deputado e os investigadores no momento em que ele foi preso.
“Questionado a respeito de seu telefone celular, quando solicitado a entregá-lo a esta Autoridade Policial, Roberto Jefferson informou que seu celular havia sido entregue a um transeunte para que fosse jogado no Rio Paraibuna”, diz parte do documento.
De acordo com o jornal, o diálogo foi enviado para o Supremo Tribunal Federal (STF) e mostra ainda que Roberto Jefferson afirmou que mandou jogar o celular no rio porque, “em outras ações policiais, seus celulares teriam sido apreendidos e nunca mais restituídos”.
Por conta da alegação do político, os agentes da PF solicitaram as imagens do circuito de TV. Todavia, acabaram sendo informados de que o sistema não estava funcionando. “Tanto Roberto Jefferson quanto sua cônjuge informaram que o sistema de monitoramento se encontra atualmente inativo, em razão de obras de alvenaria pelas quais passa a residência do alvo”, declara.
Prisão de Roberto Jefferson
Assim como publicou o Brasil123, o ex-deputado foi preso enquanto estava em sua casa em Petrópolis, no Rio de Janeiro, após uma ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, em uma operação que faz parte do inquérito que apura a atuação de uma suposta milícia digital que atenta contra a democracia.
Depois de capturado, Roberto Jefferson foi encaminhado preventivamente para uma penitenciária do Rio de Janeiro, sem prazo para sair da cadeia, sendo que a expectativa é que a prisão do ex-deputado seja reavaliada em até 90 dias.
Ex-deputado denunciado
Na segunda-feira (30), o político foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirma que Roberto Jefferson cometeu incitação ao crime e crimes previstos na Lei de Segurança Nacional e na lei que tipifica crimes raciais e de homofobia.
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