Os peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ameaçam uma paralisação em janeiro de 2024. Em suma, eles reivindicam um reajuste salarial e novas contratações.
Siga a leitura e confira o que se sabe até o momento.
Demandas dos peritos do INSS
O primeiro item relacionado com a possível paralisação em janeiro de 2024, é um reajuste de 23% nos salários.
“Estamos pedindo a recomposição dessa diferença mais o acumulado até agora”, afirma Francisco Eduardo Cardoso Alves, vice-presidente da ANMP (Associação Nacional de Médicos Peritos).
Vale lembrar que a categoria ganhou um reajuste de 9% este ano, assim como todo o funcionalismo público. No entanto, eles alegam que a defasagem ainda persiste.
Depois, reivindicam por novas contratações. Na prática, solicitam 1.500 novos peritos médicos, e o cumprimento de um acordo que foi firmado com o governo anterior, em 2022.
Segundo os representantes dos trabalhadores, hoje a Previdência contaria com um déficit de 3 mil cargos vagos.
Aliás, atualmente, sabe-se que o Brasil conta com cerca de 3,6 mil peritos em atividade, mas alguns deles estão afastados.
Teleperícia
Ainda mais, além dos pontos citados, os peritos do INSS afirmam que são contrários ao processo de implementação da chamada teleperícia.
Em suma, é um sistema já anunciado pelo Ministério da Previdência Social, e que prevê iniciar em 2024 as consultas médicas de forma remota através de dispositivos como computadores e celulares.
Contudo, para grande parte dos peritos, o Atestemed poderá aumentar o número de fraudes.
Quando vai rolar a greve?
É bom ir se preparando. Afinal, os peritos do INSS já teriam, inclusive, avisado ao governo federal que não deverão trabalhar inicialmente em três datas: 17, 24 e 31 de janeiro.
Desse modo, devem aguardar por uma resposta do Ministério da Previdência até o próximo dia 12 de janeiro, antes de confirmar se devem mesmo seguir com a greve ou não.
Fila de espera do INSS
O ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), voltou a falar recentemente sobre a fila de espera do INSS.
“Estamos cada vez mais focados na missão de enquadrar a fila do INSS em até 45 dias, que foi gerada nos últimos anos, bem como aprimorar os serviços. É o resgate de uma instituição que foi dilapidada”, disse, ao elogiar a gestão do atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
“Entre as prioridades do governo federal, a Previdência Social garante a cidadania de mais de 39 milhões de brasileiros e impulsiona o desenvolvimento da nação. Com o trabalho presencial e a reestruturação das agências, os beneficiários perceberão a evolução do maior programa social continuo do mundo. O povo precisa diariamente de todos nós e vamos responder com qualidade”, completou.