Como muitos sabem, os preços de algum produto tendem a variar de acordo com a demanda e a oferta. Por exemplo, se a procura por algum item for muito grande, superando a capacidade de oferta, o item passa a se tornar cada vez mais caro. Quando ocorre o contrário, com muita gente oferecendo algo, mas poucas pessoas comprando, o preço tende a cair.
Isso é uma máxima que afeta praticamente todos os bens e serviços no mundo, e o petróleo não foge desta regra. Aliás, a commodity fechou o pregão desta segunda-feira (2) em alta devido à expectativa de redução da oferta, apesar da demanda permanecer elevada.
A saber, o barril Brent, que é a referência mundial, subiu 0,41% e fechou o primeiro pregão da semana cotado a US$ 107,58 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Com isso, o barril elevou os ganhos em 2022 para 35,6%.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 0,46% na sessão, para US$ 105,17 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nesse caso, o WTI passou a acumular alta de 36,6%.
Embora os preços estejam bem mais altos do que em 2021, a valorização de ambos os barris chegou a ultrapassar os 60% em março. Em suma, a guerra entre Rússia e Ucrânia vem elevando os preços das commodities e desestabilizando os mercados internacionais. Por isso que o petróleo está se mostrando tão instável nos últimos tempos.
Alemanha confirma apoio à proibição de importações russas de petróleo
Nesta segunda, os investidores reagiram às declarações da ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, que confirmou que o país apoia a proibição de importações do petróleo da Rússia.
A Alemanha, maior economia da Europa, vinha relutando em barrar as importações russas devido a grande quantidade de petróleo e gás natural importada da Rússia. Contudo, o país buscou novas formas para reduzir a dependência em relação à Rússia e conseguiu novos contratos que permitem o embargo ao petróleo russo.
Em resumo, 35% do petróleo importado pela Alemanha vinha da Rússia antes da invasão à Polônia. Agora, o percentual caiu para 12%, segundo dados oficiais. A saber, a decisão ocorreu após a Rússia interromper o fornecimento de gás natural para Polônia e Bulgária.
Inclusive, os alemães temem que o país comandado por Vladimir Putin também corte o fornecimento de gás a eles. Caso isso aconteça, a expectativa é que a Alemanha entre em recessão. Por isso, o país está correndo para firmar novos contratos, reduzindo ao máximo sua dependência da Rússia.
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