Hoje (21) acaba oficialmente o inverno. Isso quer dizer que a primavera chega amanhã, e traz consigo preocupações para o Brasil. A saber, o problema não é a estação em si, mas as temperaturas mais altas, que tendem a fazer os brasileiros utilizarem mais energia elétrica. E é justamente isso o que preocupa o país.
De acordo com analistas, o risco de apagão no Brasil não é baixo. Pelo contrário, muitos afirmam que há grandes chances de interrupções temporárias do fornecimento de energia em determinadas localizações. Isso pode acontecer, principalmente, nos momentos de pico de consumo, que estão cada vez mais frequentes devido à chegada do calor.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, na semana passada, o consumo de energia entre 15h e 16h superou até mesmo a demanda da noite. Esse cenário é diferente do observado no inverno, quando o auge do consumo costuma ocorrer no início da noite. Já na primavera, a demanda também dispara à tarde por causa do calor e do consequente uso de ar condicionado.
ONS fez projeções preocupantes no final de agosto
Vale destacar que ONS informou no final de agosto que o Brasil não seria capaz de gerar energia elétrica suficiente para atender à demanda da população a partir de outubro. Em suma, as hidrelétricas respondem por 65% da energia do país. Enquanto isso, os reservatórios do Sudeste produzem 70% da energia no país, e o nível deles está em 18% da capacidade máxima.
Isso está fazendo o governo gastar muito mais com termelétricas para continuar atendendo à demanda da população. O problema é que esse tipo de energia, além de mais poluente, é também mais caro, ou seja, os consumidores estão pagando mais para ter energia em casa e ainda correm risco de sofrer com apagões.
Por fim, o governo já publicou um decreto para a redução do consumo de energia por parte dos órgãos públicos federais. Além disso, anunciou em 31 de agosto o programa de redução voluntária do consumo de energia pelo consumidor comum. Tudo para reduzir os riscos de apagões e racionamento. Mas não há garantias de que isso não ocorrerá.
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