Termina nesta terça-feira (11) o ciclo de Ricardo Lewandowski como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele deveria se despedir do cargo no próximo dia 11 de maio, quando completará 75 anos, idade-limite para permanecer no cargo. No entanto, ele optou por antecipar a aposentadoria em um mês por conta de compromissos acadêmicos.
“Eu pedi que a minha aposentadoria fosse tornada efetiva a partir do dia 11 de abril. Esta minha antecipação se deve a compromissos acadêmicos e profissionais que me aguardam”, disse recentemente o ministro. “Eu agora encerro um ciclo da minha vida e vou iniciar um novo ciclo”, disse ele.
Lula sem pressa para escolher novo ministro do STF
Na semana passada, 0 presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não tem pressa em encontrar um substituto para o ministro. Segundo o petista, não existe data e muito menos um mês definido para a escolha.
Nesse sentido, o petista ressaltou que, no momento, não está preocupado com a escolha. “Acho que tem mais gente preparada para ir à Suprema Corte do que tinha quando eu tive que escolher, há 13 anos”, disse Lula, que preferiu não dar detalhes sobre o perfil que será escolhido.
“Se eu for responder o que você [jornalista] perguntou, eu estarei criando um compromisso que não quero criar agora. Se vai ser negro, se vai ser mulher, se vai ser homem”, disse o presidente, completando que, não quer dar nenhuma referência para não “carimbar” a futura ou futuro ministro da Corte.
Apesar do mistério, Lula confirmou que a pessoa apresentada ao Senado será escolhida por ele. Não suficiente, o petista destacou que jamais faria indicações para um ministro do STF por favores. “Ministro da Suprema Corte tem que ser uma pessoa que leva em conta e cumpre a Constituição”, começou.
“Será uma pessoa altamente gabaritada do ponto de vista jurídico. A pessoa tem que ter uma compreensão do mundo, dos problemas sociais, da realidade desse país. Tem que ter o mínimo de sensibilidade social para assumir uma postura dessas. Porque é muita responsabilidade”, finalizou Lula.
Nome favorito
Hoje, o baiano, Manoel Carlos é o favorito para a vaga. Professor da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em direito eleitoral, o magistrado é considerado uma “espécie de filho” para Ricardo Lewandowski. Além do jurista baiano, também existe a possibilidade de que Cristiano Zanin, advogado de Lula e o responsável por defender o presidente em vários processos recentes, como o da Lava Jato, seja indicado.
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