O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Christiano Vieira, destacou o retorno de bandeira verde na tarifa de energia elétrica durante entrevista na Voz do Brasil nesta semana.
O secretário ressaltou que a medida entrou em vigor no dia 15 de abril e resultará na redução média de cerca de 20% na conta de luz do consumidor residencial.
Sai a bandeira de escassez e entre a bandeira verde
A Bandeira Escassez Hídrica teve a finalidade de cobrir os custos de geração, transmissão e distribuição de energia durante o pior período de seca nos reservatórios já registrado na história do país.
As ações tomadas pelo Governo Federal, aliadas à ocorrência de chuvas, permitiram a redução das termelétricas ligadas, o que possibilitou essa medida.
“Os reservatórios atualmente estão em torno de 70% nos níveis de armazenamento, o que é muito relevante nessa época do ano. Não dispomos de níveis assim desde 2012. Temos uma condição de segurança muito considerável. Na prática, significa que pouca geração termelétrica será necessária, o que se traduz em uma expectativa de bandeira verde até o final do ano”, afirmou o secretário.
O representante do MME também destacou a importância do programa de redução voluntária do consumo de energia.
“Foram cerca de R$ 2,4 bilhões devolvidos aos consumidores que participaram do programa e contribuíram para a economia de energia em um momento de maior criticidade do sistema, o que representou uma redução de 4,6% na tarifa”, disse.
“É importante lembrar que, mesmo com uma situação hídrica mais favorável, é fundamental manter um consumo consciente de água e energia elétrica. Pequenas ações do dia a dia fazem toda diferença, inclusive na conta do consumidor”, finalizou.
Entenda melhor as bandeiras da conta de luz
Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras tarifárias funciona assim no valor final da sua conta de luz:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido;
- Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada kWh consumido.
- Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada kWh consumido.
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