Jerônimo Rodrigues (PT), governador da Bahia, afirmou nesta sexta-feira (18) que o estado regido por ele trabalha, atualmente, com uma estimativa de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões no valor a ser pago para a Ford pela fábrica de Camaçari. A montadora, de origem norte-americana, encerrou sua produção no local há dois anos.
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Durante entrevista coletiva, o governador revelou que a Ford e a BYD, uma montadora chinesa, estavam negociando a fábrica por mais de R$ 100 milhões. Dessa forma, explicou o gestor, o valor acabou se tornando uma referência para a indenização que o governo baiano pagará à antiga detentora pelos investimentos no local.
“Se havia uma negociação, é um parâmetro nosso”, pontuou Jerônimo Rodrigues, completando ainda que o valor final será estabelecido após avaliações do patrimônio pela Caixa Econômica Federal. Assim como publicou o Brasil123, o governo da Bahia fechou um acordo com a Ford para “recomprar” uma fábrica que pertence à companhia.
O acordo para reversão da propriedade da fábrica de Camaçari para o estado seguirá legislação vigente, que prevê posterior indenização para a empresa em valores compatíveis com o mercado. Conforme as informações, esse acordo tem como foco simplificar e agilizar o processo de transição de propriedade da fábrica, o que vai contribuir, de acordo com o governo do estado, para a geração de valor à região e à comunidade baiana.
Essa decisão acertada entre a direção da Ford e o governo da Bahia vai facilitar as negociações com a BYD, empresa chinesa que, há mais de um ano, negocia a compra das instalações. Ponta de entraves burocráticos e técnicos entre as duas partes, não foi possível fechar o negócio. Agora, o governo da Bahia vai ser quem negociará diretamente com a BYD, que anunciou recentemente investimentos de R$ 3 bilhões em três fábricas no estado, uma de automóveis, uma de caminhões e chassi de ônibus, e uma terceira de processamento de lítio.
De acordo com a BYD, a empresa tem como objetivo de investir na unidade industrial de Camaçari e produzir automóveis híbridos e elétricos, com capacidade estimada em 150 mil unidades ao ano. Conforme a empresa, ainda existirão outras duas plantas. Uma fará caminhões elétricos e chassis para ônibus, com possibilidade de abastecer o mercado das regiões Norte e Nordeste. A outra vai se dedicar ao processamento de células de lítio e ferro fosfato, com a expectativa de geração de cinco mil empregos.
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