O Banco Central (BC) revelou na quinta-feira (3) que a rentabilidade dos bancos se manteve estável em junho deste ano. De acordo com os dados divulgados, o sistema bancário brasileiro teve uma rentabilidade de 15,1% no acumulado dos últimos 12 meses, mesma taxa que a registrada em dezembro de 2021.
Em síntese, a rentabilidade caiu para o menor nível em dezembro de 2020, a nível anual, para 11,5%. Aliás, a rentabilidade já havia retornado ao patamar pré-pandemia em meados de 2021.
A saber, os dados fazem parte do Relatório de Estabilidade Financeira do BC. De acordo com a entidade financeira, houve recuperação da rentabilidade ainda em 2021 devido ao “menor volume de despesas com provisões”, ou seja, menos recursos destinados para eventuais operações inadimplentes.
Além disso, o aumento da taxa básica de juro da economia, a Selic, impulsionou a rentabilidade dos bancos. Em suma, o Copom elevou 12 vezes consecutivas a taxa Selic, entre março de 2021 e agosto de 2022. Essa foi a maior sequência de elevações da taxa Selic em 23 anos.
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Lucro dos bancos bate recorde em junho
O BC também afirmou que o lucro dos bancos bateu recorde em junho, na base anual. A saber, o lucro líquido dos bancos totalizou R$ 138 bilhões nos 12 meses até junho deste ano.
O recorde anterior havia sido registrado nos 12 meses de 2021, quando as instituições lucraram R$ 132 bilhões. Aliás, o lucro de junho foi o maior já registrado pela série histórica do BC, que teve início em 1994.
Em resumo, o lucro dos bancos cresceu 5% em relação a 2020 e 20% na comparação com os 12 meses encerrados em junho de 2021.
“A rentabilidade do sistema deve se manter resiliente, mas o cenário econômico marcado por condições financeiras restritivas e inflação elevada, exige atenção por parte das instituições. Eventual piora da atividade econômica e deterioração da qualidade do crédito pode afetar os resultados dos bancos à frente”, alertou o BC.
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