O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% em 2021, passando de R$ 1.421 em 2020 para R$ 1.353. Esse é o menor percentual da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012.
De acordo com o IBGE, responsável pelo levantamento, o menor valor havia sido registrado em 2012 (R$ 1.417). No entanto, o resultado do ano passado caiu para o menor patamar histórico, ou seja, o rendimento do brasileiro é o mais baixo dos últimos 10 anos.
“Esse resultado é explicado pela queda do rendimento médio do trabalho, que retraiu mesmo com o nível de ocupação começando a se recuperar, e também pela diminuição da renda das outras fontes, exceto as do aluguel”, explicou Alessandra Scalioni, analista da pesquisa.
A pesquisadora ainda destacou a mudança nos critérios de concessão do auxílio emergencial que aconteceu em 2021. Essa foi uma das principais razões para a queda no rendimento de outras fontes, segundo Scalioni.
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Rendimento nas regiões Norte e Nordeste não chega a R$ 900
Segundo o levantamento, as regiões Nordeste e Norte registraram os menores valores do país, com taxas inferiores a R$ 900. Em contrapartida, as demais regiões brasileiras tiveram um rendimento superior à média nacional. Veja abaixo os valores:
- Sul: R$ 1.656;
- Sudeste: R$ 1.645;
- Centro-Oeste: R$ 1.534;
- Norte: R$ 871;
- Nordeste: R$ 843.
Além disso, o IBGE também revelou que o percentual de pessoas com algum rendimento, de qualquer tipo, também caiu em 2021. A saber, o valor recuou de 61% em 2020 para 59,8% no ano passado. Da mesma forma, esse é o menor patamar da série histórica.
Em resumo, houve queda percentual em todas as regiões do país, com destaque para o tombo no Norte. Veja abaixo os decréscimos em 2021, na comparação com o ano anterior:
- Sul: 65,4% para 64,8%;
- Sudeste: 63,0% para 61,7%;
- Centro-Oeste: 61,0% para 59,8%;
- Nordeste: 57,3% para 56,3%;
- Norte: 54,6% para 53,0%.
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