O trabalhador brasileiro continua vendo o seu rendimento diminuir no país. A saber, o rendimento real habitual dos trabalhadores do país despencou 7,9% em um ano. Com isso, ficou em R$ 2.569 no trimestre móvel de fevereiro a abril deste ano.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, realizada pelo IBGE, o rendimento estava em R$ 2.790 no mesmo período do ano passado. Contudo, o valor caiu em um ano e isso mostra que os trabalhadores do país estão recebendo cada vez menos em suas ocupações profissionais.
“Embora tenha havido crescimento da formalidade, não foi observada expansão do rendimento médio real do emprego com carteira assinada no setor privado. Além disso, houve queda no rendimento do setor público“, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE.
Além disso, o IBGE revelou que a massa de rendimento real habitual ficou estável em um ano. Já na comparação com o trimestre móvel anterior, o indicador cresceu e totalizou R$ 242,9 bilhões no período.
“No panorama do trimestre, a massa de rendimento aumentou em função da expansão da ocupação. No ano, embora tenha havido um crescimento expressivo da população ocupada, houve retração do rendimento, fazendo com que a massa fique estável apesar do número muito maior de pessoas ocupadas”, contextualizou Beringuy.
Taxa de informalidade fica em 40,1% no trimestre
A taxa de informalidade no Brasil atingiu 40,1% da população ocupada no trimestre móvel de fevereiro a abril. Esse percentual corresponde a 38,7 milhões de trabalhadores do país. Aliás, a população ocupada somou 96,5 milhões de pessoas no período.
A saber, a informalidade cresceu em um ano, já que a taxa estava em 39,3% no mesmo trimestre do ano passado. Por outro lado, o percentual caiu levemente na comparação com o trimestre móvel anterior (40,4%).
O IBGE também revelou que o desemprego no Brasil recuou no trimestre móvel, atingindo 11,3 milhões de pessoas. Apesar da queda, os brasileiros seguem enfrentando muitas dificuldades, como uma inflação bastante elevada e juros que não param de subir.
Por fim, a taxa da população na força de trabalho ficou estimada em 107,9 milhões no trimestre móvel, acréscimo de 5,2 milhões de pessoas em um ano. Já a população fora da força de trabalho somou 64,9 milhões no período, queda de 3,6 milhões de pessoas nessa condição no país.
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