O rendimento nominal mensal domiciliar per capita da população brasileira ficou em R$ 1.367 em 2021. Esse valor representa uma queda de 0,94% em relação a 2020, quando a renda domiciliar per capita foi de R$ 1.380. Aliás, o valor caiu, mas vale ressaltar que não considera os efeitos da inflação do país, que fechou 2021 em forte alta de 10,06%.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados na última quinta-feira (24). De acordo com o instituto, o Distrito Federal apresentou a maior renda entre todas as Unidades da Federação (UF), de R$ 2.513. Inclusive, esse valor foi quase o dobro da média nacional.
Por outro lado, o Maranhão teve o menor rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2021, de apenas R$ 635. Em resumo, esse valor corresponde a menos da metade da renda média nacional.
Das 27 UFs, 20 tiveram um rendimento menor que a média nacional. Excluindo o Maranhão, as taxas mais baixas vieram de: Alagoas (R$ 777) Amazonas (R$ 800), Pernambuco (R$ 829), Piauí (R$ 837), Bahia (R$ 843), Pará (R$ 847), Amapá (R$ 855), Paraíba (R$ 876), Ceará (R$ 881), Acre (R$ 888) e Sergipe (R$ 929).
Também apresentaram uma renda menor que a nacional: Rondônia (R$ 1.023), Tocantins (R$ 1.028), Roraima (R$ 1.046), Rio Grande do Norte (R$ 1.109), Goiás (R$ 1.276), Espírito Santo (R$ 1.295), Minas Gerais (R$ 1.325) e Mato Grosso (R$ 1.362).
Dessa forma, apenas sete UFs tiveram um rendimento superior à média nacional. Após o Distrito Federal, as maiores rendas foram registradas em: São Paulo (R$ 1.836), Rio Grande do Sul (R$ 1.787), Rio de Janeiro (R$ 1.724), Santa Catarina (R$ 1.718), Paraná (R$ 1.541) e Mato Grosso do Sul (R$ 1.471).
Entenda o levantamento do IBGE
Segundo o IBGE, o levantamento sobre o rendimento domiciliar per capita considera o total dos rendimentos domiciliares (em termos nominais) e o número de moradores. Assim, inclui a renda de trabalho, bem como de outras fontes.
Além disso, o cálculo também considera todos os moradores do domicílio. Em suma, incluem-se pensionistas e empregados domésticos, além de parentes dos empregados domésticos.
“Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das quintas visitas da PNAD Contínua feitas no 1º, 2º, 3º, e 4º trimestres de 2021”, explicou o IBGE.
Todos estes dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD Contínua). A propósito, estas estimativas servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definição pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.
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