Renan Filho (MDB), ex-governador e senador eleito pelo estado de Alagoas, vem sendo cotado para assumir o Ministério do Planejamento no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta última quinta-feira, 15 de dezembro, ocorreu uma conversa entre o próprio Renan Filho e um interlocutor do presidente eleito. Segundo avaliações da equipe de Lula, Renan sanaria um problema técnico pela via política ao ser indicado para o Planejamento.
Inicialmente, o nome do senador estava sendo ventilado para o Ministério de Minas e Energia, contudo, a boa gestão com as contas de Alagoas enquanto foi governador do estado acabou direcionando o interesse da equipe de Lula para indicar Renan ao Ministério do Planejamento. Além do senador, o ex-governador do Piauí e senador eleito, Wellington Dias (PT), também está cotado para o cargo.
Segundo aliados do presidente do MDB, Baleia Rossi, existe um desejo por parte do partido de ter três ministérios no novo governo. Inclusive, o objetivo é que Simone Tebet em um do ministérios, além de um nome na Câmara dos Deputados e outro do Senado. Este último deve ser ocupado por Renan Filho.
Gestão em Alagoas pesa para a escolha de Renan Filho
Como foi mencionado anteriormente, a boa gestão das contas públicas do estado de Alagoas durante os dois mandatos, entre 2015 e 2022, tem pesado para a indicação de Renan Filho ao cargo de ministro do Planejamento. Além disso, o senador é economista de formação, o que aponta para uma credencial tanto política quanto técnica para o cargo de ministro.
Em relação ao estado de Alagoas, Renan assumiu com uma classificação de risco C, considerada a segunda pior na metodologia do Tesouro Nacional, o que indicava que o estado passava por uma situação financeira bastante complicada e, além disso, não tinha a possibilidade contar com o aval da União para tomar empréstimos.
Desde 2017, dois anos após do início do governo de Renan Filho, a nota de classificação passou para B e vem se mantendo desde então. Um outro fator que tem sido considerado importante para a escolha do senador para o Ministério do Planejamento é o fato dele ser de outro partido. para os petistas, a escolha de um nome do MDB sinaliza um movimento do governo mais ao centro.
Governo Lula pode ter até 39 ministérios
A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva vem estudando dividir o atual ministério da infraestrutura em duas pastas: um ministério para cuidar dos portos e aeroportos e um outro de rodovias e ferrovias. A proposta vem sendo analisada, mas ainda não há qualquer tipo de confirmação.
Nesse sentido, o presidente eleito vem discutindo seus auxiliares e aliadas a quantidade de ministérios para o início do terceiro mandato presidencial. Ao que tudo indica, o novo governo terá de 36 a 39 ministérios, segundo informações de integrantes que compõem a equipe de transição do governo e que vem trabalhando na definição da estrutura. Caso chegue a ao número de 39 ministérios, Lula irá igualar o número recorde atingido no governo da ex-presidenta de Dilma Roussef.