O senador Renan Calheiros (MDB) pediu nesta segunda-feira (09) que Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determine a extradição imediata do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos desde o final do ano passado. Além da solicitação, o parlamentar também quer que seja decretada a prisão preventiva no caso de descumprimento da determinação.
Página no Instagram é criada para identificar quem esteve em ato terrorista de Brasília
O pedido de Renan Calheiros acontece porque, na visão do senador, Bolsonaro teve “participação ativa e responsabilidade” nos ataques registrados no domingo (08). Assim como publicou o Brasil123, apoiadores radicais do ex-presidente invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF em atos de terrorismos jamais vistos na capital brasileira.
Em seu pedido, Renan Calheiros também pediu para que o STF inclua Bolsonaro no rol de investigados por conta dos ataques para que, assim, ele possa dar explicações sobre “sua participação nos atos antidemocráticos”. Nesse sentido, consta no pedido as seguintes solicitações:
- Que Bolsonaro seja incluído como investigado no inquérito;
- Intimado para dar explicações às Autoridades Brasileiras acerca de sua participação nos atos antidemocráticos;
- Retorne imediatamente ao Brasil, no prazo de 72 horas, ou seja preso no caso de descumprimento.
Na visão do senador, Bolsonaro, enquanto era presidente, utilizou-se do cargo, dos meios de comunicação oficiais, dos eventos oficiais como representante do Governo, das instalações físicas da República e de todos os aparatos da função “para disseminar suas falas golpistas, preconceituosas e criminosas, cujo objetivo era, no fim, incitar sua turba a provocar uma ruptura institucional”. Para comprovar a acusação, o senador anexou diversas reportagens sobre o assunto.
Por conta dos atos registrados no domingo em Brasília, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de prometer que o governo descobrirá quem foram os financiadores desses protestos, decretou intervenção federal na capital brasileira. Sendo assim, agora, será de responsabilidade do Exército a segurança na região. Isso, até o próximo dia 31 de janeiro.
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