A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal revelou uma ótima notícia nesta quinta-feira (20), a de que existe espaço para corte na taxa Selic já em agosto. Isso, tendo como base o Acompanhamento Fiscal do mês de julho. Segundo a projeção da IFI, a taxa básica de juros da economia brasileira, que hoje está em 13,75%, pode terminar o ano em 12%.
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No relatório, a instituição detalha que a “melhora da inflação corrente, a moderação do crescimento da atividade econômica após um primeiro trimestre forte liderado pelo aumento da produção agrícola, e os sinais de desaceleração no mercado de trabalho indicam haver espaço para que a taxa básica de juros da economia entre em um ciclo de flexibilização a partir de agosto”.
Não suficiente, ainda no relatório, que foi publicado primeiramente pelo portal do Senado Federal, a IFI comenta sobre a distância entre a taxa de juro real e a taxa de juros neutra. Segundo a entidade, essa diferença evidencia “uma postura ainda muito restritiva da política monetária para a inflação”.
No documento, no entanto, a IFI destaca que analistas da instituição ressaltaram que, até o momento, ainda existe uma dúvida sobre a magnitude do corte a ser feito na Selic, principalmente por conta da “resiliência da inflação de serviços e da estabilidade das expectativas para o IPCA de 2025 e 2026, por ora, no patamar de 3,5%”.
Assim como publicou o Brasil123, especialistas no assunto estimam que, já em agosto, quando integrantes do Banco Central irão se reunir para definir a taxa de juros para o mês em questão, este percentual deva cair de 0,25 a 0,50%.
Projeções feitas pela IFI
No relatório do IFI, existem projeções para os principais indicadores macroeconômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), que está projetado em 2,28% para 2023, e 1,22% para 2024. Já para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a IFI projeta que o indicador feche 2023 em 5,2%, uma redução frente aos 5,52% previstos no relatório de junho.
De acordo com a entidade, quando o assunto é o câmbio, a previsão é de que ele deva ser de R$ 5,02 no acumulado do ano. Por outro lado, para os indicadores fiscais, a projeção é que o resultado primário seja de déficit de 1,2% do PIB e para a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) a previsão é de que ela deva apresentar uma elevação em relação a 2022, encerrando o ano de 2023 em 76,40% do PIB.
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