Cláudio José de Oliveira, conhecido como “Rei do Bitcoin”, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de estelionato, organização criminosa, crime contra a economia popular, crime falimentar e crime contra sistema financeiro.
De acordo com o órgão, em nota publicada neste sábado (07), o suspeito teve a denúncia protocolada na sexta (06). O “Rei do Bitcoin” é acusado de ter cometido uma fraude de R$ 1,5 bilhão em simulações de negociações de criptomoedas.
Segundo o MPF, investigações apontaram que o acusado fez cerca de 7 mil vítimas do que golpe, que era realizado por corretoras controladas por Cláudio. Além dele, a sua esposa, Lucinara da Silva Oliveira, também foi indiciada pelo crime de organização criminosa.
Conforme aponta o MPF, outras seis pessoas ligadas ao “Grupo Bitcoin Banco”, controlada pelo suspeito, também acabaram sendo indiciadas por envolvimento nas fraudes.
As investigações contra o “Rei do Bitcoin”
De acordo com o MPF, corretoras que eram ligadas ao suspeito começaram a ser investigadas em 2019, após o proprietário registrar que tinha sido vítima de um ataque cibernético.
Na ocasião, o homem afirmou que os valores de todos os credores foram bloqueados pela empresa. Após as diligências, investigadores desconfiaram que o ataque cibernético era falso e que o grupo havia cometido crimes, como estelionato. Além disso, depois do suposto ataque, o grupo suspeito afirmou que devolveria os valores bloqueados, o que nunca aconteceu.
Segundo o órgão, o “Rei do Bitcoin” é um “habilidoso estelionatário, que mantinha ao seu redor pessoas ignorantes aos assuntos que o criminoso dizia dominar, especialmente relacionados à engenharia financeira do Grupo Bitcoin Banco”.
Prisão do suspeito
Tanto Cláudio José quanto os outros suspeitos de integrarem o esquema foram presos em junho em uma operação deflagrada pela Polícia Federal. Todavia, todos, exceto o “Rei do Bitcoin”, foram estão soltos logo em seguida.
Hoje, além de Cláudio, apenas sua mulher está presa, pois ela descumpriu medidas que determinavam que ela não entrasse em contato com outros investigados.
Por fim, o MPF revelou que o casal, que ostentava bens de luxo e faziam grandes eventos para atrair investidores, possui uma condenação na Suíça por crimes de estelionato e falsificação de documentos.
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