Para o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), o ano de 2022 não será marcado pelo avanço das reformas econômicas que tramitam hoje no Congresso Nacional. De acordo com o chefe do Executivo, os anos eleitorais são “difíceis” e caracterizado pela dificuldade em se negociar.
Segundo Bolsonaro, em declaração feita em entrevista à “Jovem Pan”, ele “gostaria que a reforma administrativa”, por exemplo, avançasse. No entanto, ele opina que os parlamentares não irão querer “pagar o preço” para votar temas polêmicos neste ano.
Assim como vem publicando o Brasil123, a reforma administrativa é um tema presente na pauta do Congresso desde setembro de 2020. O projeto em questão tem como foco alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios.
Hoje, a proposta se encontra parada, pois, depois de ser aprovada por um comissão especial da Câmara dos Deputados, em setembro de 2020, não foi encaminhada para ser votada no plenário da casa.
“A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse, por exemplo, mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos onde existem as eleições para presidente, para senadores, para deputados também são anos difíceis, não tem negociação”, afirmou Bolsonaro.
De acordo com o presidente, “o parlamentar no final das contas vê onde é que ele vai pagar um preço com aquele voto, contrário ou favorável a tal proposta”. “Então, muito difícil que qualquer proposta siga dentro do parlamento que possa despertar qualquer sentimento outro junto ao eleitorado brasileiro”, afirmou.
Em outro trecho, o chefe do Executivo tornou a dizer que são poucos os temas que andam no ano eleitoral. Nesse sentido, ele afirma desejar pelo menos a aprovação dos assuntos que já foram aprovados em pelo menos uma das casas, Câmara dos Deputados ou Senado Federal.
“Novas propostas eu acho muito difícil”, disse ele, afirmando ainda que, apesar disso, a expectativa econômica para o ano é positiva. “Agora, a economia eu acho que vai, podia ir melhor com algumas reformas, mas eu acho que terminaremos o corrente ano com números positivos para o nosso PIB [Produto Interno Bruto]”, disse Bolsonaro.
Leia também: Bolsonaro diz que não acusou Anvisa de corrupção