Fernando Haddad (PT), um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou para banqueiros nesta sexta-feira (25) que o chefe do Executivo eleito dará “prioridade total” à aprovação da reforma tributária no Congresso no próximo ano, quando toma possa.
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A declaração foi feita durante a participação de Fernando Haddad em um evento promovido pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) em São Paulo. “A determinação clara do presidente Lula é que nós possamos dar logo no início do próximo governo prioridade total à reforma tributária”, disse o político, ex-prefeito da capital paulista.
Na ocasião, substituindo Lula, que não foi ao local porque se recupera de uma cirurgia da garganta, Fernando Haddad disse que o presidente eleito tentou aprovar uma reforma tributária em mandatos passados, mas não conseguiu. Todavia, Fernando Haddad ressaltou que, nos últimos anos, a medida “amadureceu” no Congresso e agora é possível discuti-lá.
“Me parece que o presidente Lula vai dar prioridade no ano que vem à aprovação dessa primeira etapa da reforma tributária, que diz respeito a alguns tributos. Mas, na sequência, pretende encaminhar uma proposta de reformulação de impostos sobre renda e patrimônio para completar o círculo de reforma dos tributos no Brasil”, afirmou o ex-prefeito.
Para ele, o atual sistema tributário brasileiro “afugenta investimentos”. Por isso, para o possível ministro do governo Lula, as mudanças contam com apoio da sociedade. “O compromisso do presidente com a agenda de realizar em 2023 a reforma tributária conta com o apoio da sociedade, inclusive do setor bancário, para que a gente tenha êxito no ano que vem. Uma reforma que é essencial e estrutural”, afirmou o petista.
Proposta da reforma tributária
Durante o evento, Fernando Haddad citou que o foco será aprovar uma proposta de reforma tributária apresentada em 2019 que hoje está atualmente sob análise na Câmara dos Deputados. A proposta em questão tem como objetivo estabelecer uma série de mudanças para simplificar a cobrança de impostos no país, mas sem necessariamente diminuir o valor dos tributos.
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