Mais de 60 economistas e empresários assinaram nesta sexta-feira (14) um manifesto, intitulado “Crescimento econômico e justiça social: um manifesto pela reforma tributária”, que tem como foco endossar a proposta que foi aprovada na Câmara dos Deputados e, hoje, se encontra no Senado, com previsão de votação para agosto, quando os parlamentares voltam do recesso de meio de ano.
Dentre os signatários do texto, estão, por exemplo, os economistas como Affonso Celso Pastore, Andrea Calabi, Arminio Fraga, Edmar Bacha, Maílson da Nóbrega e Samuel Pessoa; secretários e ex-secretários de Fazenda como Carlos Eduardo Xavier, Cristiane Alkmin Junqueira e Helcio Tokeshi; e empresários como Jorge Gerdau (presidente do conselho superior do Movimento Brasil Competitivo) e Pedro Passos (cofundador da Natura).
Segundo o manifesto, hoje, é “consenso que a reforma do sistema tributário brasileiro é necessária e urgente”. “Essa mudança tem sido discutida há 35 anos, e a proposta atual foi ampla e democraticamente debatida nos últimos 4 anos”, dizem os empresários e economistas.
“Agora, temos a melhor janela para aprovação das últimas décadas – com alinhamento político entre o Congresso, governo federal, maioria dos Estados e municípios e do setor privado. Esta é a nossa oportunidade de deixar um legado de prosperidade, transparência e mais justiça em nosso País”, completam os signatários do documento.
Hoje, a reforma tributária é a demanda considerada como a principal pelo governo federal. No meio de semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se mostrou confiante e afirmou que tem certeza de que a reforma tributária será concluída no Senado ainda neste ano. Essa declaração de Fernando Haddad foi feita na noite desta quarta após um encontro dele com o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), que foi relator da reforma tributária na Câmara, e com o senador Eduardo Braga (MDB), escolhido para ser o relator do texto no Senado.
“Tenho certeza que vamos sair vitoriosos de mais essa etapa e vamos oferecer ao Brasil o que ele precisa pra voltar a crescer”, disse o ministro que, ainda na ocasião, disse que tudo indica que será possível “dar uma boa notícia para o Brasil com a promulgação dessa emenda constitucional”. “Penso que estamos em um bom caminho, com duas pessoas com larga experiência no Congresso Nacional. […] Vamos abrir todos os dados necessários para dar conforto ao Senado. [O Senado] vai ter seu tempo [para avaliar a proposta], digerir o texto”, acrescentou.