A questão da Reforma Tributária continua rendendo muito debate e discussões.
Agora, as Confederações oferecem sugestões de alterações no texto dessa reforma.
Assim, os convidados dos setores que englobam a área de serviços, indústria e comércio realizaram reunião juntamente com Bernard Appy, secretário extraordinário e também deputados.
Embora se mostrando a favor da reforma tributária, os representantes dessas confederações sugerem que haja alterações no texto que está em discussão na Câmara. Os representantes do comércio e da indústria participaram no dia 27 (terça-feira), da audiência pública da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços.
Quer saber em quais pontos do texto da reforma tributária, os representantes das confederações dos setores de serviço, indústria e comércio, querem mudanças? Esse texto traz todos os detalhes. Boa leitura!
Opinião dos debatedores sobre a Reforma Tributária
De acordo com o gerente de Economia da Confederação Nacional da Indústria, Mario Sergio Telles, existe necessidade de melhora no texto em relação à carga tributária. Portanto é preciso haver garantia que a taxação não seja muito alta e que as quotas dos novos impostos sobre bens e serviços reduzam, na hipótese de isso acontecer.
Telles também citou o texto sobre o tributo seletivo, que irá funcionar como sobretaxa sobre produtos com possíveis danos à saúde ou ao meio ambiente. Segundo ele, o texto apresenta uma redação muito ampla. Entretanto, o representante da confederação, confirmou que a indústria tem maior interesse na reforma tributária, pois os impostos terão cobrança somente no consumo. Assim, havendo desconto no gasto com os insumos. Segundo Telles, a situação no momento gera o encarecimento do valor dos produtos em média de 7,4%.
Enquanto isso, o consultor da Confederação Nacional do Comércio, Gilberto Alvarenga, voltou a tecer críticas à ideia de adotar uma alíquota semelhante para os setores da indústria e de serviços. De acordo com sua afirmação, o setor de serviços no momento paga 8,65% e corre o risco de passar a pagar 25%.
Gilberto Alvarenga, ainda argumentou que dispensar um tratamento equilibrado ao setor de serviços é uma ação que não irá comprometer fatalmente o projeto, e pode resultar em um lucro enorme. Ainda segurando ele, essa atitude evitará que, daqui a meio século, haja necessidade de nova discussão sobre a timidez do serviço em prejuízo da importação de serviços e demais situações.
Correção de distorções segundo a Reforma Tributária
Assim, para Bernard Appy, secretário do projeto da Reforma Tributária, é necessário realizar cálculos mais específicos. Ele, também, trouxe a lembrança a questão de que o setor do comércio tem, no momento, uma carga acima dos 34%. Enquanto que a do setor de serviços, cuja venda é diretamente ao consumidor final, um grande número está no Simples, que não terá modificações.
Entretanto, Appy, ressaltou que haverá eliminação de algumas “distorções” sim. Pois conforme sua declaração, seria incoerente taxar menos o aluguel de carros do que a compra dos mesmos.
Demandas estaduais
Por fim, para Reginaldo Lopes, deputado do Partido dos Trabalhadores de Minas Gerais e coordenador do Grupo da Reforma Tributária, apontou para a necessidade de atender as demandas estaduais. Entre essas demandas está a sugestão de aumentar os recursos do fundo garantidor.
Você considera justas as reivindicações dos representantes das Confederações em relação a Reforma Tributária. Responda nos comentários.