As dívidas e a inadimplência, infelizmente, fazem parte da realidade de muitos brasileiros. Atualmente, 22% das famílias brasileiras, que possuem mais da metade do seu dinheiro comprometido com o pagamento de dívidas! Dentro deste cenário, uma opção pode ser o reescalonamento de dívidas.
Com essa opção, é possível diminuir o valor das parcelas, e também aumentar o prazo de pagamento. Mesmo que essa alternativa pareça uma excelente opção para sair do vermelho, é necessário prestar atenção nos detalhes e agir com cautela. Por esse motivo, confira agora tudo sobre o reescalonamento de dívidas e entenda se essa é uma boa escolha para a sua vida financeira!
Afinal, o que é reescalonamento de dívidas?
A organização financeira é muito importante, especialmente em um país onde quase 80% das famílias com renda de até três salários mínimos estão endividadas, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio.
Assim, o reescalonamento de dívidas é basicamente uma forma de negociar uma pendência com alguma instituição financeira. Sendo assim, o seu objetivo principal é facilitar a reorganização do orçamento de quem contrata. Ele funciona da seguinte forma: uma parcela do valor da dívida é “empurrada” para o final do contrato. Dessa forma, isso acaba aumentando o prazo para pagamento.
Sendo assim, é possível que com essa ação, o cliente se torne capaz de encaixar a parcela do empréstimo em seu orçamento. Essa é uma boa opção nas situações em que o salário não cobre todas as despesas. Da mesma maneira, a instituição financeira pode oferecer outra linha de crédito mais alongada para que o cliente quite os atrasos. Isso acontece nos casos em que o contrato não pode ser prorrogado por mais meses, para reduzir o valor da parcela.
Dessa forma, o reescalonamento de dívidas aumenta o número de parcelas, estendendo a dívida por mais tempo, mas também diminui o valor pago no mês a mês. Em outras palavras, é como se o cliente comprasse tempo para quitar as dívidas. Entretanto, isso não significa que o valor final da dívida vai diminuir. O que acontece é que ele apenas é dissolvido em mais parcelas, acrescidas de juros.
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Para quem é indicado?
De acordo com dados do Serasa em janeiro de 2023, existem mais de 70 milhões de brasileiros endividados, representando um aumento de mais de 600 mil pessoas em relação ao ano passado. Além disso, houve também um aumento de jovens inadimplentes, já que a população de 26 a 40 anos representa mais de 34% de quem está com o “nome sujo”. Esses dados são preocupantes, mas, para tudo, existem alternativas.
O reescalonamento de dívidas é uma opção indicada para aqueles que precisam se reorganizar rapidamente. Assim, é uma alternativa para quem deseja encaixar os compromissos financeiros dentro do orçamento. Assim, ao estender o pagamento por mais meses e reduzir o valor da parcela, é possível ganhar fôlego para colocar a vida financeira em dia! Além disso, você consegue administrar melhor as contas de acordo com a sua renda mensal.
Além disso, também é possível recorrer ao reescalonamento para trocar uma dívida mais cara, como o rotativo do cartão de crédito ou o cheque especial, por uma mais barata, como é o caso do empréstimo com garantia, crédito pessoal ou crédito consignado, por exemplo. Para completar, também é possível juntar duas ou mais dívidas com o seu banco em uma única parcela.
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Qual a diferença entre Reescalonamento e Consolidação de dívida?
O Reescalonamento e a consolidação de dívidas são bem parecidas. Entretanto, não são a mesma coisa. O reescalonamento é utilizado para diminuir o valor pago por parcela. Em contrapartida, a consolidação das dívidas é uma alternativa para quem possui várias dívidas com diferentes credores e tem dificuldades para negociar com cada um deles.
Dessa forma, o reescalonamento é pensado para aliviar o valor das parcelas que você tem em uma determinada instituição financeira. Enquanto isso, a consolidação facilita a organização das pendências com com lojas, bancos e outras empresas. Assim, você contrata um crédito, quita todas as dívidas e assume uma única parcela mensal!
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Cuidados ao contratar o reescalonamento de dívidas
Como podemos perceber ao longo do texto, o reescalonamento não diminui o valor total da dívida. O que ele faz é reduzir o valor pago por mês, e aumentar o prazo para quitar as dívidas. Por esse motivo, na hora de contratar o reescalonamento, é necessário observar alguns pontos importantes.
Em primeiro lugar, é essencial prestar atenção na taxa de juros. A dica é aproveitar as facilidades do Open Finance e comparar as taxas cobradas por sua instituição e por outros bancos. Dessa forma, você pode tanto encontrar soluções mais adequadas quanto ter bases mais concretas para negociar. Também é interessante se informar sobre o Custo Efetivo Total dos empréstimos.
Outro cuidado que deve ser tomado é saber que, ao fazer o reescalonamento, você estará assumindo uma dívida longa. Dessa forma, essa dívida precisará ser administrada por mais tempo. Então, considere que, nesse período, podem ocorrer imprevistos e negocie um valor que caiba em seu orçamento!
Além disso, tenha em mente que reescalonar uma dívida pode trazer um certo alívio a sua vida financeira, mas não é uma solução mágica. A mudança de hábitos e a organização continuam sendo o melhor caminho para se librar das dívidas de uma vez por todas.
Organizar as finanças é a chave para evitar dívidas e fazer compras de uma forma mais consciente. Além disso, é essencial também para quem pensa no futuro, seja o seu próprio ou de outros membros da sua família. Inclusive, é a chave para quem também pensa em ter filhos e aumentar a família – sendo até mais importante nesses casos.
O planejamento é o primeiro passo para quem deseja investir, seja em alguma compra, em uma formação, em um imóvel, automóvel, entre outras coisas. Muitos sonhos podem ser realizados através do planejamento financeiro.