Rodrigo Pacheco (PSD), reeleito nesta quarta-feira (01) como presidente do Senado, deu uma entrevista coletiva após sua vitória e falou que o argumento de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não será mais usado na Casa. Nesse sentido, ele ressaltou que o parlamento se manterá independente e cooperativo com os outros poderes.
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“Esse argumento mentiroso de que impeachment de ministro do STF será a solução de tudo não será mais banalizado”, disse Rodrigo Pacheco que, com o apoio do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), venceu por 49 votos a 32 o senador Rogério Marinho (PL), candidato do campo do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
Ainda durante sua fala, Rodrigo Pacheco afirmou que o judiciário não pode ser provocado a todo momento. Além disso, ele relatou que, durante sua segunda gestão como presidente do Senado, vai pautar a relação com o STF “na base do diálogo, sem revanchismo e sem retaliação”. Não suficiente, ele disse que vai trabalhar para restabelecer a “boa relação” com os outros dois poderes.
“Vamos ser cooperativos, mas não subservientes com a presidência da República e com o Supremo Tribunal Federal”, disse Rodrigo Pacheco, que havia defendido limitar poder do STF antes das eleições e dito que iria trabalhar para legislar sobre o Judiciário. “Diferentemente do que sustentam sobre revanchismo, retaliação ou possível enquadramento ao Poder Judiciário, iremos cumprir nosso papel verdadeiro de solucionar o problema através da nossa capacidade de legislar”, disse.
Segundo ele, a Casa vai legislar para se colocar limites aos poderes; Por fim, Rodrigo Pacheco finalizo a entrevista dizendo que “se há problema em relação a decisões monocráticas, legislaremos quanto a isso. Se há problema nos pedidos de vistas no STF, legislaremos a isso. Se há problema de competência do STF, legislaremos quanto a isso”.
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