O uso da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) vem aumentando entre jovens e adultos com vida sexual ativa, mas em contrapartida, a utilização de camisinha para prevenir o HIV, entre outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pode estar diminuindo.
Isso porque, muitas pessoas acabam priorizando a PrEP como método exclusivo para prevenção do HIV, entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a indica como recurso complementar, que deve ser usado junto à camisinha.
Vale destacar que apesar do número de infecção por HIV estar caindo nos últimos anos, só em 2019 foram registrados 1,7 milhão de novos casos em todo mundo.
Diante disto, reforçar as medidas preventivas e principalmente, a informação sobre elas e o HIV, pode ser uma estratégia para seguir com a baixa dos casos.
O que é PrEP?
A PrEP ou Profilaxia Pré-Exposição, nada mais é do que o uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas negativas para HIV. Esses antirretrovirais podem proteger o indivíduo da infecção, quando utilizados regularmente, ou seja, os comprimidos devem ser tomados diariamente, sem interrupção.
Dentre a formulação, está a combinação dos compostos tenofovir e entricitabina, substâncias que bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo.
Seu efeito é garantido após sete dias de uso para relação anal e 20 dias para relação vaginal.
Apesar da eficiência desses comprimidos, seu uso acabou desinibindo o comportamento sexual, visto que quem aderiu à PrEP também reduziu o uso de outros métodos preventivos, como a camisinha, que além do HIV previne outras ISTs. Vale ressaltar, que a PrEP não protege o indivíduo de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como por exemplo, a sífilis, clamídia e gonorreia.
Além disso, entre esses usuários foi notado até um aumento no número de parceiros sexuais, sem a proteção do preservativo.
Isso não significa que a PrEP é um recurso negativo, já que para muitos usuários, que já não usavam a camisinha, ela pode ser a única alternativa para evitar a infecção, entretanto, é necessário que sociedade a reconheça como um método complementar e continue priorizando o preservativo.
Também é importante destacar que este recurso não é destinado a todas as pessoas, apenas para o público que tem maior chance de entrar em contato com o HIV, entre homossexuais, trans, trabalhadores do sexo e outras pessoas que fazem relações sexuais desprotegidas com variados parceiros.
A prevenção com a PrEP pode ser feita gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entretanto, há outros serviços de saúde e organizações da sociedade civil que realizam ações de assistência, prevenção, diagnóstico e tratamento às pessoas vivendo com HIV e aos demais cidadãos. Para conhecer, basta acessar esta lista e buscar uma unidade próxima a sua localidade.
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