Os consumidores do país ficaram bem felizes com a redução do preço da gasolina, promovida pela Petrobras na última terça-feira (19). A saber, a queda de quase 5% do valor do litro do combustível fez o preço no Brasil se igualar com os valores praticados no mercado internacional.
De acordo com um relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), atualmente a diferença é de apenas um centavo por litro. Antes da redução do preço da gasolina, o combustível estava R$ 0,30 mais caro no Brasil que no exterior. A propósito, a Abicom divulgou seu relatório nesta quinta-feira (21).
Por outro lado, o preço do diesel A (sem adição de biodiesel) continua mais caro no mercado doméstico. Em resumo, o combustível custa, em média, R$ 0,13 a mais no Brasil que no mercado internacional. Aliás, a Petrobras não reduziu o preço do diesel no último dia 19, como o fez com a gasolina.
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Diesel não deve ficar mais barato no país
Embora o preço do diesel esteja mais elevado que o praticado no exterior, o combustível não deverá ficar mais barato no país. Pelo menos é o que indicam os cálculos da Leggio Consultoria, visto que há outros fatores que continuam impulsionando o valor do combustível no país.
“No diesel, vem ocorrendo um descolamento do preço do derivado em relação ao do barril de petróleo, causado pela demanda crescente pelo combustível neste semestre. Por isso, neste cenário de queda do barril de petróleo, a margem para a redução do diesel seria menor que 5%”, disse o sócio da Leggio Consultoria, Marcus D’Elia.
Em suma, as petroleiras não estão interessadas em aumentar a produção de petróleo devido ao risco de recessão global. A saber, uma recessão econômica reduziria a demanda por petróleo, o que também provocaria queda em seu preço. No entanto, com a oferta limitada, os valores do barril podem se mostrar mais competitivos, bem como do diesel.
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