O Carnaval deverá gerar receitas de R$ 6,45 bilhões em 2022. Pelo menos é o que apontam as projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgadas nesta segunda-feira (14).
A saber, esse faturamento supera em 21,5% o valor registrado em 2020. No entanto, quando comparado a 2019, período anterior à decretação da pandemia da Covid-19, as receitas sofrerão uma forte queda de 33,7%.
De acordo com a CNC, o tombo ocorrerá, pois 15 das 26 capitais do país confirmaram optaram pelo cancelamento do feriado e dos pontos facultativos. Já em relação a 2020, o crescimento das receitas se dará, pois 20 governos decidiram cancelar as festividades do Carnaval.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que o Carnaval é o principal evento do turismo brasileiro, apesar de não ser um feriado nacional. Aliás, o fator de vários governos decidirem manter o feriado também contribui para o crescimento anual das receitas, mas não o suficiente para chegar ao nível de 2019.
“Independentemente das festas que, em sua maioria, foram adiadas ou canceladas neste ano, a decretação de feriado ou ponto facultativo, em níveis regionais, acaba movimentando o setor de forma significativa”, disse Tadros.
Alimentação fora do domicílio deve gerar maiores receitas
A CNC estima que o segmento de alimentação fora do domicílio (bares e restaurantes) gere receitas de R$ 2,78 bilhões no Carnaval deste ano. Em seguida, ficam as empresas de transporte de passageiros rodoviário (R$ 1,55 bilhões) e os serviços de hospedagem em hotéis e pousadas (R$ 0,66 bilhões). Estes três segmentos deverão responder por 84% de todo o volume financeiro produzido na data.
Além disso, o retorno à normalidade, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, também impulsiona as receitas neste ano. O país segue em recuperação econômica, com as medidas restritivas mais brandas. Contudo, a variante Ômicron ainda preocupa o mercado.
“Os impactos adversos decorrentes da deterioração das condições econômicas e, principalmente, da chegada da variante Ômicron passaram a limitar o ritmo de recuperação do segmento no fim do ano passado”, disse o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.
Por fim, a CNC também revelou que as demandas por serviços turísticos no Carnaval deverão gerar 16,5 mil empregos temporários entre janeiro e fevereiro deste ano. Esse valor é quase o dobro do registrado no ano passado. Contudo, o valor ainda é 38% menor que o registrado no mesmo período de 2019, quando houve 26,3 mil vagas.
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