A situação para os trabalhadores no Brasil continua difícil. Isso porque muitos deles seguem enfrentando incontáveis desafios para pagar as suas contas no mês. Enquanto a inflação do país cresce expressivamente a cada mês, os reajustes salariais continuam apresentando variações bem menos intensas.
De acordo com o boletim Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 70,1% dos acordos e convenções coletivas realizados em 2021 ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Aliás, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS.
Em resumo, o reajuste médio negociado ficou em 9% em outubro. No entanto, o INPC acumulado em 12 meses chegou a 10,8%. Assim, o piso salarial mediano negociado em setembro foi de R$ 1.313. Aliás, esse é o mecanismo que corrige discrepâncias nos valores pagos aos trabalhadores. Já o piso médio do país ficou em R$ 1.461.
Veja mais detalhes dos reajustes em outubro
Segundo a Fipe, o trabalhador no Brasil não foi beneficiado com nenhum aumento mediano real nos últimos 12 meses nas negociações realizadas. Em suma, desde setembro de 2020 que o índice da Fipe oscila de -1,4% a 0%, ou seja, os reajustes salariais não estão acompanhando o aumento do custo de vida no país.
Por falar nisso, o INPC acumula expressiva alta de 11,08% em 12 meses, encerrados em outubro. A taxa estava em 10,78% no mês anterior. A saber, o índice se refere às famílias que possuem rendimento mensal de um a cinco salários mínimos.
Por fim, o boletim Salariômetro analisa resultados de 40 negociações salariais coletivas no país. Inclusive, o levantamento coleta dados de negociações desde 2012. E isso acontece a partir de resultados divulgados no Portal Mediador, que é um sistema do Ministério da Economia.
A saber, a Fipe projeta que a inflação do país para os próximos meses fique próxima dos 10%. Isso deve reduzir ainda mais os ganhos no país.
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