A conta de luz deverá ter um reajuste médio menos intenso em 2023 no Brasil. Pelo menos é isso o que projetam as consultorias especializadas no setor elétrico, que indicam um reajuste de cerca de 5% no próximo ano.
Caso as estimativas se confirmem, o aumento será bem próximo à projeção oficial do Banco Central para a inflação no próximo ano (4,6%). Isso quer dizer que os consumidores não deverão sofrer com os aumentos expressivos, como aconteceu em 2021 e 2022.
Veja abaixo os reajustes médios das contas de luz nos últimos anos:
- 2018 – 14,99%
- 2019 – 1,67%
- 2020 – 3,25%
- 2021 – 8,23
- 2022 – 11,35%
Em resumo, o Brasil sofreu no ano passado com a pior crise hídrica em 91 anos. Isso obrigou o governo federal a acionar diversas termelétricas para produzir energia para a população, uma vez que as hidrelétricas não conseguiam fazer isso.
Contudo, estas usinas são bem mais caras e poluentes que as hidrelétricas. E, como geralmente acontece, o aumento dos custos de produção acabou recaindo sobre a população, que pagou caro para ter energia em casa até a metade de abril.
De lá pra cá, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passou a aplicar a bandeira verde nas contas de luz. Isso quer dizer que os consumidores não estão pagando taxas extras nas contas há mais de cinco meses.
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Veja por que o reajuste nas contas de luz não será expressivo
De acordo com os especialistas, algumas medidas adotadas neste ano deverão continuar amenizando os altos preços das contas de luz.
Por exemplo, a devolução integral de créditos tributários e o novo aporte da Eletrobras deverão limitar os reajustes nas contas. Isso sem contar em uma redução nas tarifas da Itaipu Binacional.
Além disso, todo o custo das termelétricas está sendo pago neste ano. Por isso, os reajustes no ano que vem não irão considerar essas despesas extras.
“2021 foi um ano de crise hídrica, para gerar energia foi muito caro. A gente ficou vários meses com usinas termelétricas ligadas, que custaram R$ 26 bilhões a mais, e boa parte desse valor entrou na tarifa dos [consumidores] cativos em 2022. Agora não tem mais esse custo bilionário para 2023″, explicou Victor Iocca, diretor de energia elétrica da Abrace, ao portal g1.
Vale destacar que as distribuidoras de energia de cada estado definem os seus reajustes anuais, e cabe à Aneel aprovar esses reajustes. Isso quer dizer que as projeções de consultorias em relação ao próximo ano é apenas uma média dos reajustes que as distribuidoras do país deverão promover.
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