Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o reajuste de isenção proposto pelo governo irá dar folego para as famílias. Nesse sentido, segundo suas próprias palavras. “Isso dá fôlego para as famílias que hoje estão endividadas, que estão com problemas de acesso a crédito e de consumo. Então, é um primeiro alento, ainda pequeno, mas já sinalizando o que pretendemos”, afirmou Haddad.
Assim, o governo deve reajustar a partir do dia primeiro, para 2.112 R$, o limite da faixa do IR, que está em 1903,98 R$ desde 2015. Dessa forma, aqueles trabalhadores que recebem até 2.640 por mês, ficarão isentos do recolhimento de imposto.
Salário mínimo também sofrerá ajuste
Até primeiro de maio, o valor do salário mínimo também será ajustado dos atuais 1302 para 1320. Sobre esse ajuste, Haddad comentou que o governo cumprirá a promessa de garantir aumentos reais. Em outras palavras, um reajuste sempre acima da inflação.
“Nós estamos perseguindo o espaço necessário para que os trabalhadores, sobretudo aqueles que mais dependem do estado, tenham satisfeitas as suas expectativas em relação ao que esperam deste governo. Esse governo tem o compromisso com programa e esse programa vai ser executado na forma determinada pelo presidente da República”, afirmou.
Haddad comentou também sobre
Além disso, Haddad defendeu também a redução da taxa básica de juros, a Selic, que se encontra atualmente em 13,75% ao ano. Segundo Haddad e a equipe do governo, os juros são um entrave para o crescimento da economia.
Haddad então diz que o governo já abriu espaço para uma redução da taxa de juros, que segundo o próprio ministro ˜pode ocorrer a qualquer momento˜. Contudo, essa decisão está nas mãos do Banco Central, que se reúne a cada 45 dias para definir a taxa Selic. Com isso, semana que vem teremos mais uma reunião. O governo vem cobrando essa redução por parte da autoridade monetária, e vem defendendo que para a volta de investimentos, é preciso que haja esse corte.
Sobre o crescimento da economia
Ainda segundo a Haddad, a pasta da Fazenda avalia que o crescimento deste ano para economia deve ser revisado para cima. Nesse sentido, a projeção atual para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) é de 1,61%. Com isso, segundo Haddad em suas palavras: “Vários bancos já reavaliaram a projeção de crescimento do PIB para esse ano. A maioria estava apostando num crescimento inferior a 1% e hoje praticamente todo o mercado está apostando numa taxa de crescimento muito superior à estimada. Alguns bancos já estão projetando perto de 2% de crescimento, 1,8%. Nós mesmos da Fazenda estamos pensando em reestimar para mais a expectativa de crescimento para o ano de 2023.”
Além do que foi colocado por Haddad, o Banco Central, em seu boletim divulgado semanalmente, diz ter ouvido mais de 100 instituições. Nesse sentido, a estimativa para o crescimento econômico ainda é modesta, quando considerado a mediana das projeções, algo em torno de 0,96%.